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Aqueduto da Ponte Pedrinha

Aqueduto da Ponte Pedrinha

O ponto de interesse Aqueduto da Ponte Pedrinha encontra-se localizado na freguesia de União das freguesias de Queluz e Belas no municipio de Sintra e no distrito de Lisboa.

Aqueduto setecentista, projetado e construído no terceiro quartel do século 18 sob orientação de Manuel da Maia e Mateus Vicente de Oliveira, para abastecimento de água aos jardins do Palácio de Queluz, de que é coevo. Construído em cantaria calcária, sendo a caleira em alvenaria de calcário argamassada, é constituído por troços subterrâneos e outros aéreos, apresentando, estes últimos, uma elegante arcaria de volta perfeita, de dimensões regulares, rebocada e pintada de branco, que lembra o Aqueduto das Águas Livres, mas que apresenta, no entanto, características diferentes deste no que respeita às condutas de água e às respetivas coberturas demonstrando uma maior rusticidade. O seu percurso iniciava-se com a captação de água em lençóis freáticos da envolvente, nomeadamente do Monte Abraão e da antiga mina do Pendão, na margem oposta da ribeira, em galeria subterrânea, que atinge a superfície no sopé da colina que desce daquele monte para o vale da ribeira do Jamor. Aqui surgem trinta e cinco arcos de volta perfeita rebocados e pintados de branco, que se vão desenvolvendo de forma ascendente, atravessam a ribeira na Ponte Pedrinha, e seguem, a partir de então, paralelos ao curso da ribeira, pela Rua Dr. Manuel de Arriaga. Parte do seu percurso não é hoje visível, por se encontrar encoberto por prédios existentes na sua envolvente, como é o caso do grande Tanque do Miradouro, onde termina. Este é formado por um reservatório tanque retangular, em cantaria, com capacidade de armazenamento de 1,130 metros cúbicos de água, de onde partiam duas tubagens de abastecimento do Jardim dos Cavalos, da Cascata Grande e do chafariz do Celeiro. Destas tubagens saiam os ramais que alimentavam os vários lagos e tanques do palácio, assim como de outras dependências anexas.

Aqueduto de grande extensão constituído por troços subterrâneos e aéreos, construído em cantaria calcária, apresentando, os troços aéreos, uma elegante arcaria de volta perfeita rebocada e pintada de branco, sendo a zona superior, onde corre a conduta, em alvenaria de calcário argamassada. A água é conduzida por ação da gravidade, numa caleira de cantaria protegida por uma capa do mesmo material, iniciando o seu percurso em lençóis freáticos da envolvente, nomeadamente do Monte Abraão, na margem ocidental da ribeira do Jamor, e da antiga mina do Pendão, na margem oposta da ribeira, em galeria subterrânea, que atinge a superfície no sopé da colina que desce daquele monte para o vale da ribeira. Aqui surgem trinta e cinco arcos de volta perfeita rebocados e pintados de branco, que se vão desenvolvendo de forma ascendente, atravessam a ribeira na Ponte Pedrinha, onde fazem ângulo de 45º, cruzando a Avenida Elias Garcia para nascente, seguem, a partir de então, paralelos ao curso da ribeira, pela Rua Dr. Manuel de Arriaga. Adossado a este troço do surge uma fonte com placa de mármore e inscrição relativa à mercê concedida por D. Carlos I, em 1891, permitindo o abastecimento de água à população. O aqueduto segue o seu percurso em direção ao Palácio Nacional de Queluz, por trás da Rua Dr. Manuel de Arriaga, acompanhando a Rua Carlos Seixas até ser encoberto pelos prédios envolventes. Volta a surgir nova arcaria, constituída por nove arcos de volta perfeita, na Rua Carvalho Araújo, sob dois destes surgem as escadas de ligação à Rua Dr. Manuel de Arriaga, junto ao acesso nascente ao parque urbano Felício Loureiro. A partir daqui, o aqueduto é novamente absorvido pelos prédios envolventes até ao sítio do Miradouro, onde desaguada num tanque retangular, em cantaria, com capacidade de armazenamento de 1,130 metros cúbicos de água. Daqui partiam as duas principais tubagens de abastecimento do Jardim dos Cavalos, da Cascata Grande e do chafariz do Celeiro. Destas tubagens saiam os ramais que alimentavam os vários lagos e tanques do palácio, assim como de outras dependências anexas. A falta de limpeza das condutas faz com que hoje parte deste aqueduto se encontre dasativada e o tanque vazio, muito embora alvo de recentes trabalhos de limpeza para restauro.

Materiais

Alvenaria de calcário rebocada a cal e saibro e parcialmente pintada de branco.

Observações