Jardins que privilegiam o conforto do peão, expresso não só nos percursos delineados bem como nos locais de estadia, aspeto considerado fundamental do Modernismo, na Arquitetura Paisagista.
O Mosteiro está envolvido de N. a E. e até S. por tecido edificado consolidado. Enquanto que a E. predomina o edificado, a O., pelo contrário, existe uma vastíssima área de zona verde, cortada por uma estrada implantada paralelamente ao eixo longitudinal do Mosteiro. A envolvente deste, encontra-se pavimentada em todo o seu redor. A poente, a zona pavimentada situa-se entre o Mosteiro e um muro de sustentação de terras do talude da envolvente, com cerca de 1,20 metros e com bancos incorporados. Neste talude encontram-se plantadas árvores como o pinheiro manso (Pinus pinea) predominantemente, plátanos (Platanus orientalis) e romãzeira-de jardim (Punica granatum), e arbustos como o loendro (Nerium oleander). Junto ao monumento o padrão do pavimento é liso, em lajes calcárias para depois evoluir para um outro, definido por uma quadrícula formalizada através de lajes em pedra polida, inserindo-se em cada quadrado uma cruz unindo os seus vértices, sendo a matriz deste desenho revestida a calçada portuguesa 12x12 num calcário mais escuro que realça as linhas formais da composição. Frente à fachada S. o pavimento em placas lisas de calcário prolonga-se num grande patamar de planta quadrada, que define uma praça - o Largo da Vitória - cujo acesso a partir do Mosteiro se realiza por três degraus. Esta praça é enquadrada a O. e a E. por canteiros situados a um nível superior, separados por murete de suporte em pedra calcária, que funciona também como banco e a S. por zona pavimentada de desenho com um padrão elaborado policromático - o Largo Mestre Afonso Domingues. Ao centro do Largo da Vitória está situada a estátua em bronze, representando Dom Nuno Álvares Pereira a cavalo, orientada a poente sobre plinto em pedra. Os referidos canteiros são delineados por plátanos (Platanus orientalis) na orla que comunica com a praça, e no resto da sua área com sobreiros (Quercus suber), romãzeiras (Punica granatum), tílias (Tilia cordata), loendros (Nerium oleander) e buxo (Buxus sempervirens) entre outros. Estes canteiros são cortados por caminhos retilíneos pavimentados uns em calçada, bordejados por placas calcárias retangulares, outros por um conjunto dessas mesmas placas justapostas. A E. destes canteiros e a SE das Capelas imperfeitas do Mosteiro situa-se a Praça Mousinho de Albuquerque, com um pavimento idêntico ao do Largo Mestre Afonso Domingues. Neste largo situa-se uma estrutura plana de planta quadrangular, sobrelevada cerca de meio metro, com cerca de 13m. de largura, forrada a deck, interrompida por uma entrada para sanitários públicos subterrâneos e pela caldeira de uma árvore plantada de nível. Esta estrutura encontra-se rodeada a NE. e a E. por uma zona arrelvada com o solo modelado em montículos, onde se encontram plantadas uma palmeira-das-canárias (Fenix canariensis) e numerosos arbustos e herbáceas de variadas espécies. A N. das capelas imperfeitas e a E. do eixo longitudinal do Mosteiro situa-se um terreiro onde estão implantadas 12 caldeiras sobrelevadas, cada uma albergando ao centro um plátano (Platanus orientalis), sendo que alguns exemplares, pelo seu porte fazem supor serem pré-existentes no terreno relativamente à data do projeto dos jardins envolventes do Mosteiro. Junto ao muro limítrofe N. do terreiro, a E. do Mosteiro, situam-se 10 árvores de várias espécies, como plátanos (Platanus orientalis) e amoreiras (Morus alba) entre outras, de médio porte, plantadas em caldeiras de nível com a mesma dimensão das anteriores, organizadas em três filas, de forma desencontrada, existindo mais duas junto ao extremo NE. do Mosteiro. A poucos metros da fachada E., aproximadamente a meio do comprimento deste terreiro, encontra-se isolado um exemplar notável de araucária-colunar (Araucaria columnaris) e a alguns metros desta, uma oliveira (Olea europaea var. europaea) cercada por murete com gradeamento assente sobre o seu coroamento. Numa laje de pedra ao centro, encontra-se adossada uma placa em mármore na qual se lê "Oliveira de Portugal. Plantada em II-XI-1918. Azeite votivo para a chama da pátria". No topo N. do Mosteiro, entre este e o muro manuelino que atualmente o separa de um parque de estacionamento, situam-se dois canteiros retangulares, intervalados por caminho, que acompanham toda esta fachada do Mosteiro. O canteiro junto ao Mosteiro, mais estreito é constituído apenas uma placa relvada delimitada por banqueta em buxo, o segundo, mais largo, é também arrelvado e tem plantados árvores e arbustos de várias espécies. Próximo da extremo NO. do Mosteiro, junto a este ultimo canteiro situa-se uma zona onde ocorrem aulas práticas de uma escola de canteiros que funciona nas instalações do próprio Mosteiro e junto a esta, e ao caminho situa-se uma bica de água. No extremo NO. o talude poente alarga-se até um caminho com 4 m. de largura, que confina com o Mosteiro, assumindo assim este talude neste local uma planta quadrangular sendo o muro de sustentação de terras de 0,7 m. de altura, delimitador do pavimento em quadrícula já referido, a N. Embora o elenco florístico seja o mesmo do resto do talude, predominam claramente os pinheiros mansos (Pinus pinea), constituindo-se aqui pinhal em pequena escala. Um caminho retilíneo pavimentado em calçada portuguesa atravessa este espaço ligando-o ao passeio envolvente O.
Materiais
Vegetal: árvores - pinheiro manso (Pinus pinea), plátanos (Platanus orientalis), romãzeira-de jardim (Punica granatum) sobreiros (Quercus suber), tílias (Tilia cordata), palmeira-das-canárias (Fénix canariensis), araucária-colunar (Araucaria columnaris), amoreiras (Morus alba); arbustos - loendro (Nerium oleander), buxo (Buxus sempervirens).
Observações