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Cantina Escolar de São Torcato

Cantina Escolar de São Torcato

O ponto de interesse Cantina Escolar de São Torcato encontra-se localizado na freguesia de São Torcato no municipio de Guimarães e no distrito de Braga.

Arquitetura educativa, do séc. 20. Cantina escolar construída na década de 1950, seguindo as mesmas linhas e características das escolas do Plano dos Centenários, com planta rectangular, composta por vários corpos térreos articulados. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento de cantaria e terminadas em cornija de betão e beirada simples. Fachada principal com alpendre revestido a cantaria, rasgado por arco de volta perfeita e o refeitório por sete janelas interligadas por friso e peitoril de cantaria e com nembos também de cantaria. As restantes fachadas têm diferente tratamento, a lateral esquerda tem vão reto para o alpendre e janelas com peitoril de cantaria, a lateral direita é cega, com corpo avançado da chaminé possui um outro alpendre, sob o qual se abre porta de verga recta.

Planta retangular composta por vários corpos, com volumes articulados, de desenvolvimento horizontal, e coberturas diferenciadas em telhados de quatro águas. Fachadas de um piso, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria, e terminada em cornija reta de cantaria. Fachada principal virada a SE., de dois panos, o da esquerda, correspondente ao alpendre, mais baixo, revestido a silhares de cantaria, rasgado frontalmente por amplo arco de volta perfeita; e o da direita, correspondente ao refeitório, é rasgado por sete vãos rectangulares, de igual dimensão, com caixilharia de madeira e enquadrados por moldura de cantaria, e tendo entre os vãos aparelho em cantaria de granito. Fachada lateral esquerda rasgada por duas janelas quadrangulares, sem moldura, com peitoril de cantaria. Fachada lateral direita cega possuindo corpo da chaminé, bastante elevado, revestido a silares de cantaria, com as juntas tomadas e pintadas de branco. Fachada posterior de três panos, o da esquerda, mais recuado e cego, e o da direita, avançado, seccionado em dois pilares de cantaria do alpendre, o do lado da direita, fechado, e no pano da direita, por janela quadrangular de verga recta.

Materiais

Estrutura de alvenaria rebocada e pintada; placa de betão; embasamento, peitoril, frisos dos vãos, pilares, revestimento da chaminé e outros elementos em cantaria de granito; painel de azulejos; portas e caixilharia em madeira; vidro simples; pavimento em lajes de granito; cobertura de telha.

Observações

O Estado construía alguns edifícios cantinas, mas, previamente, tinha de ser assegurada, em Títulos de Crédito Público, uma renda vitalícia que cobrisse todas as despesas inerentes à futura actividade da instituição (pelo Decreto-Lei nº. 23 865, de 17 de Maio de 1934, o Ministério das Finanças assegurava a não desvalorização das rendas vitalícias que suportavam o funcionamento das Cantinas). Eram necessários 150 a 250 contos para converter em Títulos, o que, na época, constituía uma quantia avultada, impossível de obter por colecta das populações ou para a capacidade financeira das Câmaras Municipais. Assim, só doações ou legados de pessoas abastadas tornavam possível a fundação de cantinas, número que se manteve limitado até à década de 1940.