Minas de exploração de ouro, da época romana, compostas por várias cortas de extração do ouro a céu aberto e galerias. Constituiu uma exploração romana de grande impacto, ainda hoje visível na grande transformação que operou na paisagem e na topografia. O Poço das Freitas é o mais importante, por ser a maior das cortas deixadas pelos romanos.
Complexo mineiro estruturado em três núcleos, Poço das Freitas, Batocas e Brejo, com diversas cortas de extração do ouro a céu aberto, bem como algumas galerias que auxiliavam aos trabalhos de remeximento dos solos. O Poço das Freitas, no limite S. do conjunto, possui uma corta com cratera de cerca de 100 metros de comprimento, frequentemente inundada. Fazem ainda parte do complexo as minas de Batocas e do Brejo. Relativamente perto existem habitats onde viviam os que trabalhavam na exploração do ouro, nomeadamente o do Carregal, imediatamente abaixo do Poço das Freitas e que constitui uma mancha de ocupação dificilmente detetável pela grande densidade vegetal que cobre a zona e da qual não se detetaram quaisquer estruturas, mas apenas espólio de superfície.
Materiais
Observações
EM ESTUDO. DOF: "...constituído pela Mina do Poço de Freitas, Mina das Batocas e Mina do Brejo". O complexo estende-se pela freguesia de Ardãos e de Bobadela. *2 - Uma empresa canadiana promoveu recentemente novas análises dos solos, concluindo pela viabilidade de exploração de ouro no local, tendo-se estimado o potencial mineiro em aproximadamente 7,1 toneladas de minério. A autarquia de Boticas concedeu o apoio possível ao projeto, consolidando o investimento privado de reativação das minas com um eixo turístico-cultural, através da criação de um centro de interpretação, percursos pedonais e uma valorização dos sítios proto-históricos e romanos já identificados na área.