Arquitectura religiosa, maneirista. Capela maneirista de planta longitudinal, nave única e capela-mor rectangular com motivo serliano no portal axial, ordem toscana e decoração de urnas no lateral. No interior persistem ainda alguns elementos anteriores à remodelação maneirista - caso dos azulejos mudéjares e da pia de água benta, de início do séc. 16 - e posteriores, já do séc. 18, - como a pia de água benta oval, em mármore e oval, o retábulo da capela-mor e da capela lateral, etc.
Planta longitudinal composta por nave precedida por galilé, e capela-mor rectangular. Volumes articulados cobertos com telhados de 2 águas. Frontespício terminado em empena, portal com motivo serliano, com 2 arquitraves e 1 arquivolta assentes em colunas toscanas encimadas por frontão triangular; sobrepuja-o janela. Portal com arco de volta perfeita dá acesso lateral à galilé e um outro, com colunas toscanas suportando frontão triangular e urnas decorativas, à nave. Pequena sineira em empena adossa-se no sentido da nave no lado direito. INTERIOR com lambril de azulejos mudéjares, púlpito cilíndrico, decorado com almofadas quadradas, capela colateral de Nª. Sª. Rocamador com retábulo de talha dourada e capela-mor abobadada e com retábulo em talha dourada com frontal de altar revestido com azulejos hispano-mouriscos. Sacristia abobadada.
Materiais
Alvenaria rebocada e cantaria. Calcário, azulejos, talha, pinturas. Cobertura de telha.
Observações
*1 - Zona Especial de Protecção conjunta da Capela e Forte de São Vicente e da Ermida de Nossa Senhora do Ameal. A sua fundação é tão remota que a tradição diz ter sido a 1ª freguesia da vila, antes de se estabelecer a matriz de Sta. Maria. Conserva ainda reminiscências medievais na sineira. Quatro tábuas de meados do séc. 16, com S. Pedro, S. Paulo, S. Lourenço e S. Sebastião pertencentes à ermida encontram-se actualmente no Museu Municipal. A imagem de São Vicente, de madeira muito repintada, actualmente no altar-mor, estava primitivamente na capela do Forte de São Vicente.