Palacete construído no séc. 19, em estilo revivalista neo-árabe, de planta rectangular, simétrica, composta por corpo central ameado, mais elevado, com galilé, ladeado por dois corpos com cobertura em terraço. Programa decorativo neoárabe, com vãos em arco de ferradura, frisos, inscrições árabes e decorações de riscas rosadas, procurando emitar tijolo. É dos primeiros exemplos de edifícios neoárabes em Portugal.
Casa integrada numa Quinta mais ampla (v. PT0311111110134), de planta rectangular, simétrica, composta por corpo central mais estreito, ladeado por dois corpos mais alongados. Volumetria de dominante horizontal, com corpo central mais elevado do que os laterais. Cobertura em telhados de quatro águas, no corpo central e em terraço, nos laterais. Fachadas rebocadas e pintadas e branco com decoração de riscas transversais rosadas a delimitar os vãos e a marcar os cunhais e a galilé do corpo central. Edifício de um e dois pisos, rematado por cornija encimada por gradeamento de ferro entre pináculos nos corpos laterais e merlões, no central. Embasamento de cantaria, com corpo central em ressalto. Fachadas ritmadas por janelas de sacada em arco de ferradura. Fachada principal rasgada por galilé, precedida por dois degraus, com arcaria em ferradura assentes em colunas de fuste liso com capitéis decorados por flores. No interior da galilé a encimar as portas de acesso principal, legendas árabes e óculos circulares de moldura polilobada.
Materiais
Estrutura de alvenaria mista; elementos decorativos em cantaria de calcário; reboco pintado; guardas dos terraços em ferro forjado; madeira nas portas e janelas; estuque; cobertura do corpo central em telha cerâmica.
Observações
*1 - B. H. Metznar teria mandado construir uma casa com uma torre ostentando o relógio, que se encontra na origem da designação da propriedade. Thomas Horn terá edificado, naquele local, uma outra casa, virada para a rua.