Bateria construída no séc. 18, durante o reinado de D. José I, devido à guerra com Espanha, juntamente com a Bateria da Crismina e a da Galé, com quem cruzava fogo, e ampliada no séc. 19 com um muro de gola, fechando o recinto fortificado e formando planta poligonal. Integrada nas obras de fortificação da barra do Tejo, possuía inicialmente um parapeito de traçado angular, de três faces com dimensões aproximadas, rasgado por sete canhoneiras, com plataforma para a artilharia lajeada, ficando na retaguarda os aquartelamentos e o paiol em "pedra seca" e cobertas em telha vã, o que foi considerado no relatório de 1796 como de maior defeito da construção. Possuía estrutura semelhante às baterias da Galé e Crismina e tinha como principal objetivo o aquartelamento de pequenas guarnições que dificultassem o desembarque de forças contrárias, enquanto se dava o alarme e reforçava pontos críticos. A construção atual corresponde a uma adaptação da antiga bateria.
Planta pentagonal com paramentos rebocados e pintados. Face principal virada a oeste, com contrafortes cónicos nos cunhais, rematado em parapeito pleno integrando quatro falsos merlões geometricamente dispostos, e com quatro gárgulas. É rasgado por porta fortificada, enquadrado por estrutura de cantaria, com vão em arco de volta perfeita, encimado por tabela retangular ornada de bosantes sobrepujados por armas nacionais, e, lateralmente, por duas frestas. Pátio central com fachadas de dois pisos, tendo no primeiro arcada de amplos arcos, em asa de cesto, sobre pilares, e no segundo por loggia, com estrutura alpendrada sobre colunelos assentes em guarda plena, ritmada por gárgulas de canhão; ao centro do pátio, com pavimento de cantaria, surge poço. Interior muito remodelado, tendo algumas salas e corredores com abóbada de aresta em tijolo.
Materiais
Estrutura em alvenaria de calcário; betão; molduras dos vãos, estrutura do pátio e outros elementos em cantaria de calcário; pavimentos cerâmicos, de cantaria e de madeira; silhar de azulejos.
Observações