Ponte medieval de tabuleiro em cavalete, com dois arcos de volta perfeita, desiguais, com guardas corridas e alguns silhares almofadados. Presença de aparelho rusticado em algumas aduelas. Após remodelação é inserida pedra destacada da guarda, trabalhada no remate e com uma inscrição, com marcas barrocas.
Ponte de granito de tabuleiro em cavalete assente em dois arcos de volta perfeita, em cantaria, com dimensões desiguais. A montante um talha-mar triangular entre os arcos. Guardas em granito apoiadas no tabuleiro, inexistentes pontualmente. A guarda a montante, apresenta ao eixo uma pedra elevada, estreita e presa com grampos ao pavimento, onde se lê do lado interior na parte inferior a inscrição: "Couto do Real Mosteiro de Pombeiro" e a data "1724" emoldurados por uma linha inscrita em forma de escudo e onde se desenha um ábaco. O remate da parte superior da pedra, apresenta-se destacado em forma de mitra com relevos vegetalistas. O pavimento, bastante irregular ainda conserva a calçada original. São visíveis do lado montante silhares almofadados. No geral, o aparelho é regular, com algumas fiadas pseudo-isódomas, notando-se, em algumas aduelas, aparelho rusticado e nos paramentos as marcas de alguns arranjos.
Materiais
Ponte e guardas em granito com tabuleiro em lajeado e em terra batida.
Observações
Numa das extremidades na ponte encontra-se sinaléctica a indicar a Calçada Romana existente nas proximidades. Esta era uma das vias que ligavam "Bracara Avgusta" a "Emerita Avgusta", atravessando o rio Vizela neste local. Por esta ponte deveriam passar os peregrinos que iam para Santiago de Compostela e que podiam ser tratados numa torre com funções de Hospício e Albergaria edificada pelo Mosteiro de Pombeiro. Pode-se dizer que para cada um dos lados da ponte é possível encontrar elementos de arquitectura popular dignos de algum interesse. Na envolvente ainda não são visíveis construções dissonantes, talvez pela existência de acessos tortuosos.