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Igreja Paroquial de Almoster

Igreja Paroquial de Almoster

O ponto de interesse Igreja Paroquial de Almoster encontra-se localizado na freguesia de Almoster no municipio de Santarém e no distrito de Santarém.

Mosteiro cisterciense feminino, com planimetria e volumetria inserida na arquitectura gótica cisterciense. Elementos ulteriores: o coro baixo maneirista na transição para o barroco. Pinturas em tábua de finais do séc. 16, azulejos seiscentistas e setecentistas e retábulo de talha dourada barroca. O Claustro apresenta paralelos com o do Mosteiro de Celas (060318005) e com o desaparecido do Convento de Santa Maria de Aguiar (090403005). As dependências conventuais, com a Hospedaria a O. a a portaria a S., apresentavam uma disposição semelhante à de outros conventos cirtercienses femeninos como Odivelas (110710001), Celas, Tabosa (181802010), Portalegre (121408008 e 121408003). Primitivamente a nave central tinha cobertura em abóbada; saliente-se o valioso acervo pictórico quinhentista em parte atribuído a Diogo Teixeira.

Planta longitudinal, orientada, de 3 naves de 5 tramos cada; volumes escalonados da cabeceira, de 3 capelas rectangulares, e das naves; coberturas diferenciada em telhado de 4 águas na capela-mor, de 2 águas na nave central e capelas absidais, de uma água nas laterais; junto à capela absidial S., e com o muro lateral da sua fachada adossado ao muro da nave lateral S., uma pequena capela quadrada, com telhado de 4 águas. Fachada O. de 3 panos divididos por contrafortes reflectindo as 3 naves de diferentes alturas; pano central de dois registos abrindo-se no superior a rosácea. Fachada S. rasgada por 3 estreitas frestas e por grande pórtico em arco quebrado de arquivoltas e colunelos reentrantes, inserido em gablete; a meia altura corre cachorrada de pedra e por baixo dela uma arcada de 9 vãos em arcos de volta perfeita, de tijolo e alvenaria, sobre largos pilares de cantaria. Na fachada N. adossa-se o claustro rectangular e a sala capitular. Na fachada E. óculo na capela-mor e frestas nas absidais sendo estas rasgadas, nos muros laterais externos, por janelas quadrangulares. INTERIOR: arcos quebrados sobre colunas facetadas adossadas a pilares; ocupando o último tramo das naves o baixo coro abrindo em asa de cesto para a nave central e em arco de volta perfeita para as laterais; o muro O. do coro é rematado por arquitrave em forma de flor-de-lis e ao centro por janelão quadrado com frontão circular interrompido; cobertura das naves em madeira; capela-mor de 2 tramos com coberturas em ábobada de ogivas com pinturas de grotescos; capelas absidais de tramo único, com cobertura em abóbada de berço quebrado, abrindo para as naves colaterais por arcos quebrados em ressalto de moldura facetada. CLAUSTRO *2: restam dois lanços e a fonte da crasta: as alas maiores possuiam 4 tramos tendo os dois primeiros 4 vãos e os restantes 5, de arcos quebrados geminados sobre colunas emparelhadas dispostas transversalmente aos muros; capitéis de decoração geométrica, antropomórfica e com motivos heráldicos; restos de pinturas murais e várias lápides entre as quais a de D. Violante Gomes, professa no convento, mãe de D. António Prior do Crato; Sala do Capítulo revestida de azulejos azuis e brancos e várias lajes sepulcrais. Existência de presépio em terracota.

Materiais

Estruturas: alvenaria, cantaria, tijolo. Coberturas: telha portuguesa. Revestimentos: azulejo, reboco a cal, pinturas murais, talha, mármores. Pavimentos: cantaria, e tijoleira cerâmica.

Observações

*1 - DOF: Igreja de Almoster e as ruínas do respectivo claustro / Convento de Santa Maria de Almoster. *2 - O claustro é conhecido por claustro da Rainha Santa. *3 - As pinturas figuravam "Descida do Espírito Santo", "São Bento e São Bernardo", "Natividade" e "Ressurreição" (MIGUEL, 1972); foram posteriormente restauradas no atelier particular de Manuel Reys Santos; nas obras de 1947 - 1956, quatro dos vários altares então restaurados foram cedidos encontrando-se, pelo menos desde 1979, colocados dois na Igreja Paroquial de Alhos Vedros (150601003), cedidos em Agosto de 1950, e dois no Asilo de Nossa Senhora da Graça - Fundação Lopes Tavares em Nisa, cedidos em 1948.