Portal Nacional dos Municípios e Freguesias

Santuário de Nossa Senhora do Alívio

Santuário de Nossa Senhora do Alívio

O ponto de interesse Santuário de Nossa Senhora do Alívio encontra-se localizado na freguesia de Soutelo no municipio de Vila Verde e no distrito de Braga.

Santuário mariano composto por igreja, capela, Casa do Reitor, antigos quartéis, actualmente Casa dos Peregrinos e zonas ajardinadas com mesas e bancos para apoio aos peregrinos. Igreja neogótica de planta em cruz latina, de nave única bastante longa, ladeada por torres sineiras, e cabeceira poligonal envolvida pelos da casa das estampas, casa das sessões da confraria e sacristia. Os volumes das torres sineiras e torre lanterna acentuam a verticalidade do edifício. Fachadas com cunhais apilastrados, cornijas e platibandas vazadas no remate e vãos em arco quebrado, possuindo o portal principal arquivoltas. Fachada principal e topos dos braços do transepto com rosáceas. Fachadas laterais e torre lanterna ritmadas por contrafortes. Interior com nave com cobertura em abóbada de berço, coro-alto sobre arco abatido com balaustrada de pedra, pias de água benta de mármore, cruzeiro com cobertura em cúpula, com tambor rasgado por rosáceas e janelas com vitrais e capela-mor com cobertura em abóbada nervurada.

Complexo composto por igreja, capela primitiva a N. e um pouco mais afastados, dois edifícios que se desenvolvem na horizontal, a Casa do Reitor e os antigos quartéis, hoje Casa dos Peregrinos. Lateralmente existe área ajardinada, no lado E., integrando um chafariz, no lado O., com mesas e bancos para apoio aos peregrinos. Frontalmente desenvolve-se um imenso logradouro, que serve de parque automóvel, estreitando na parte inicial onde se situa um cruzeiro. IGREJA de planta em cruz latina, de nave única bastante longa, de sete tramos, ladeada por torres sineiras quadrangulares, e cabeceira poligonal envolvida pelos corpos rectangulares da casa das estampas e casa das sessões da confraria respectivamente a E. e O e em eixo a sacristia. Volumes escalonados de dominante horizontal quebrada pelo verticalismo das torres sineiras e da torre lanterna que se ergue sobre o cruzeiro. Coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na nave e braços do transepto, três na casa das estampas e na das sessões da confraria, quatro na sacristia, cinco na capela-mor, coruchéu na torre lanterna e coruchéu de agulha rasgado por vãos em arco quebrado nas torres sineiras. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, marcadas por elementos em granito, nomeadamente embasamento, molduras dos vãos, frisos, cunhais, contrafortes, pináculos e cornijas e platibandas de remate. Fachada principal voltada a S., com panos da nave e torres definidos por pilastras. Pano central rematado por frontão triangular, com friso denteado na base e superiormente platibanda vazada por quadrilobulos, ritmada por gárgulas de canhão e no vértice imagem da Virgem. Tímpano com cartela radiante com o monograma mariano AM com palmas na base e superiormente coroa. Portal principal em arco quebrado, com quatro arquivoltas sobre colunelos toscanos, enquadrado por pilastras coroadas por altos pináculos. É encimado por rosácea oitavada que interrompe estreita cornija que percorre a fachada. Torres sineiras com três registos, o primeiro rasgado por janelão em arco quebrado na fachada principal e porta em arco quebrado na posterior, o segundo com relógio de pedra na principal e janela semelhante na lateral e o terceiro com quatro ventanas, em arco quebrado sobre colunelos toscanos. Remate em platibanda vazada por quadrilobulos, sobre friso denteado, com pináculos. Fachadas laterais semelhantes, sendo visíveis os distintos corpos. O da nave é ritmado por seis contrafortes e rematado por cornija com gárgulas de canhão e platibanda. É rasgado por porta travessa, em arco quebrado com uma arquivolta sobre coluna compósita e cinco janelões em arco semelhante. Os braços do transepto são rematados por platibanda vazada por quadrolobulos, que se prolonga para a abside. Nos topos rasgam-se rosáceas e ergue-se frontão triangular, com brasão e cartela no tímpano e cruz latina no vértice. Fachada posterior marcada pelo escalonamento dos corpos, sendo visível num primeiro registo os vãos em arco quebrado da sacristia e num segundo registo a abside. Esta última é ritmada por contrafortes coroados por pináculos piramidais com bola, oculta no primeiro registo pela casa das estampas, da confraria e sacristia e rasgada por dois janelões em arco quebrado, avivado superiormente por friso. A casa das estampas e da confraria possuem vãos em arco quebrado tendo as portas tímpanos com óculos quadrolobulados. Torre lanterna oitavada, ritmada por contrafortes coroados gárgulas de canhão e pináculos piramidais com bola e rasgada por rosáceas e janelas. Remate em platibanda vazada por arcos quebrados. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com alto rodapé de pedra e silhar de azulejos industriais, de padrão, policromos a verde, castanho e azul. Coro-alto sobre arco abatido de granito, assente em quatro colunas embebidas, com balaustrada de pedra. Sub-coro com guarda-vento de madeira ladeado por pias de água benta, em forma de concha, em mármore, com duas portas confrontantes de acesso ao coro-alto. A nave apresenta pavimento em lajes de granito e cobertura em abóbada de berço, marcada por arcos torais, rebocada e pintada de azul. É iluminada por dez grandes janelões em arco quebrado. Cruzeiro estruturado por quatro arcos plenos sobre pilastras toscanas, emolduradas e com almofadas, com brasão na pedra de fecho, sustentando dupla cornija com cachorros lisos e friso vegetalista, onde assenta o tambor da torre lanterna, estruturada por colunas embebidas com capitéis vegetalistas, vazado por quatro rosáceas e quatro janelas com vitrais alusivos à vida da Virgem. Transepto com comunicação por portas em arco quebrado, iluminado por rosáceas, oitavadas, com vitrais, estruturando arcos quebrados onde se integram dois pequenos retábulos de talha de planta recta e um só eixo, enquadrado por duas colunas de fuste liso e capitel vegetalista sobre plintos prismáticos, definindo nicho em arco quebrado, rematado por pináculos e cruz ao centro. Capela-mor em cantaria de granito, de aparelho em fiadas regulares, sobrelevada, com quatro degraus centrais e supedâneo de granito, com frontal relevado e grade de ferro forjado. A capela estrutura cinco panos em arco quebrado, definidos por colunelos embebidos, com base sobre plintos prismáticos e capitéis vegetalistas que sustentam abóbada nervurada, com duas pedras de fecho, uma com o monograma AM e outra com motivo vegetalista. O pano central, cego, apresenta uma mísula sustentando imaginária, com fundo em mosaico policromo, em forma de resplendor. Os laterais apresentam vãos em arco quebrado sobre os pés direitos, emoldurados e chanfrados, sendo dois cegos e dois de comunicação com a sacristia, são igualmente rasgados por janela com vitral. Na parede testeira, espaldar enquadrado por dois coruchéus, forrado a azulejos iguais aos da nave, sustentando sacrário de bronze, em forma de templete, com dois degraus para acesso. Mesa de altar de granito, sustentada por dois pares de colunas compósitas, com a base e os capitéis pintados de dourado, preenchida inferiormente por três arcos quebrados, decorados com boleados. Sacristia e casa das estampas com pavimentos em tijoleira cerâmica e tectos rebocados e pintados de branco.

Materiais

Estrutura, elementos decorativos, coberturas interiores, pavimentos, coro-alto, chafariz e cruzeiro, em granito; pias de água benta, em mármore; pavimento da sacristia e da casa das estampas, em tijoleira; silhar da nave e espaldar da capela-mor com azulejos industriais; portas, janelas e guarda-vento, de madeira; retábulos de talha; rosáceas e janelas com vitrais; cobertura exterior de telha cerâmica.

Observações

*1 - Ficou decidido que a nova igreja teria planta em cruz latina, o cruzeiro remataria com um zimbório, a fachada principal ficaria enquadrada entre duas torres, o corpo da igreja comportaria quatro altares de cada lado e oito confessionários, encostados ou embutidos nas paredes laterais, ao fundo de cada um dos braços do cruzeiro seriam colocadas capelas, a do Sacramento à esquerda e a de Nossa Senhora à direita, lateralmente e junto às paredes erguer-se-ia um altar em casa braço cruzeiro, os púlpitos localizar-se-iam por forma a que o acesso a cada um fosse encoberto e a comunicação para a escadaria das torres e do coro far-se-ia exteriormente com entradas pelas fachadas laterais.