Ermida do séc. 21, de planta retangular simples, de espaço único, com cobertura de madeira em masseira e com escassa iluminação direta. Fachada principal rematada em empena, rasgada por portal de verga reta e moldura simples. Interior com simples mesa de altar e nicho na parede testeira.
Planta retangular simples e cobertura homogénea em telhado de duas águas, rematadas em beiradas simples. Fachadas em alvenaria rebocada e pintada, percorridas por socos salientes e rematadas em frisos de betão pintados de branco. Fachada principal virada a NO. rematada em empena, com cruz latina no vértice; é rasgada por portal de verga reta e moldura simples, visível sobre o espesso reboco, ladeada por dois postigos protegidos por rede. No lado direito, painel de azulejo com moldura de cantaria, com a figuração do orago, a azul e branco, envolvido por moldura policroma e contendo versos. As fachadas laterais são semelhantes, cegas. Fachada posterior rematada em empena e cega. INTERIOR com as paredes rebocadas e pintadas de branco, cobertura de madeira em masseira e pavimento em tijoleira. Tem mesa de altar, em cantaria de granito, composta por pilar ostentando as iniciais "AM" e por tampo simples. Na parede testeira, nicho de volta perfeita em cantaria, com bases, impostas e fecho saliente, tendo o fundo revestido a azulejo e contendo a imagem do orago.
Materiais
Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; cruz, modinaturas e mesa de altar em cantaria de granito; cobertura e porta de madeira; pavimento em tijoleira; revestimento da cobertura exterior em telha cerâmica.
Observações
1 - escavado na década de 90 do séc. 20 pelo IPPAR e, em 2002, pelos escuteiros do Sabugal e do Soito, orientados pelo arqueólogo Marcos Osório, com vista a restaurar e consolidar os achados escavados nos anos anteriores, os quais serão devidamente identificados com placas informativas; durante as escavações foram encontrados vestígios de muralhas, de edifícios de planta circular e rectangular, moedas, mós, cerâmica manual, contas de colar em vidro, pendente em xisto e uma fíbula de bronze. *2 - segundo uma lenda local, a perseguição que D. Pedro I (1320-1367) fez aos assassinos de Inês de Castro levou à destruição da povoação de Sabugal Velho, onde supostamente um deles (Diogo Lopes Pacheco) se teria refugiado. A população abandonou o local e fundou um novo aglomerado na planície, junto a um curso de água, denominado Aldeia Velha, para onde transportou a imagem de Nossa Senhora, que "fugia" sistematicamente para o outeiro, onde se decidiu a construção de uma capela.