Arquitetura educativa, do séc. 20. Escola primária do projecto-tipo XXV, nº 46, de Eugénio Correia, de uma sala de aula, vestíbulo e pequeno gabinete, de planta retangular, com alpendres adossados. Fachadas com cunhais apilastrados, embasamento e terminadas em friso, cornija e beirado. Fachada principal rasgada por três amplas janelas retangulares, com friso inferior e vaseiras, e, no extremo direito, por porta de verga recta encimada por friso, protegida por alpendre sobre pilares. Fachada lateral esquerda com pano cego e outro rasgado por janela jacente, a lateral direita rasgada por duas janelas jacentes, com friso inferior, e a posterior com antigo recreio coberto em alpendre sobre pilares fechado.
Planta retangular regular, com alpendres, também retangulares, adossados à fachada principal e à posterior. Volumes escalonados, com coberturas em telhados de quatro águas no corpo principal, e de três águas nos alpendres. Fachadas com cunhais apilastrados, percorridas por embasamento de cantaria e terminadas em friso e cornija, ou no alpendre posterior por cornija quadrangular, sobreposta por beirado simples. Fachada principal rasgada por três amplas janelas de peitoril, retangulares, com friso inferior saliente, contínuo sob duas das janelas, ladeadas por vaseiras, e, no extremo direito, por porta de verga reta, sustentado por dois pilares quadrangulares, com chanfro, assente em muro de cantaria; sobre a porta existe friso de cantaria relevado e o teto do alpendre em madeira, tem o travejamento à vista. Fachada lateral esquerda com o corpo principal cego e o do alpendre rasgado por janela retangular, na lateral direita abrem-se num plano elevado, duas janelas retangulares jacentes, com moldura nos topos inferiores e superiores, e outras duas no alpendre. Fachada posterior do corpo alpendrado de quatro panos, definidos por pilares quadrangulares, os laterais rebocados e pintados e os centrais rasgada por amplas janelas.
Materiais
Estrutura em alvenaria; cunhais, frisos, cornijas, pilares e outros elementos em cantaria de granito; portas exteriores e janelas de madeira; vidro simples nas janelas; cobertura de telha.
Observações
1 - Este projecto de escola foi o mais modesto da Repartição das Construções Escolares e, por isso, mais repetido em Portugal, obedecendo as construções à mesma planta e à mesma memória descritiva, por vezes introduzindo apenas pequenas variantes nas fachadas e na localização da entrada e muito frequentemente ampliados. Em 1933, o orçamento para a sua construção rondava 19.000$00. O edifício escolar deveria ser rodeado de todos os lados por uma faixa de terreno com 10 metros de largura, como determinavam as normas técnicas, aprovadas por Decreto nº 2947 de 20 de Janeiro de 1917, e confirmadas por Decreto nº 13337 de 25 de Março de 1927.
