Casa unifamiliar ecléctica de tipo «brasileiro» de planta aproximadamente quadrangular composta por um único volume, cobertura com mansarda e com águas-furtadas, fachadas de 2 pisos revestidas por azulejos de tapete com 5 ou 4 vãos de arco pleno. Vãos de arco apontado nas águas-furtadas. No interior tectos em estuque trabalhado. Fachada principal com cunhais curvos, antecedidos por pilastras.
Planta aproximadamente quadrangular composta por um onico volume com cobertura de 4 águas com três grandes águas-furtadas com aba e clarabóia. As fachadas de dois pisos, têm embasamento de cantaria, estão flanqueadas por pilastras de cantaria e o nível do pavimento do 2º piso é marcado por faixa, também de cantaria. Os panos assim delimitados estão cobertos com azulejos de tapete polícromos. Na fachada principal que mostra 5 vãos de arco pleno em cada piso, os cunhais estão situados para além das pilastras e tem contorno redondo, também cobertos com azulejos. No 1º piso, porta central enquadrada por 4 janelas de peito. No 2º, encimando cada um dos vãos do 1º piso, cinco janelas de sacada com uma onica bacia e resguardo de grade de ferro. Cornija de coroamento e balaustrada. Água-furtada com aba e três vãos de arco apontado, sendo o do meio de maior dimensão. A fachada N. tem disposição semelhante mas as janelas do 2º piso são de peito e a água-furtada tem um onico vão. A fachada S. também tem disposição semelhante mas com apenas 4 vãos sendo as janelas do 2º piso também de peito e um único vão na água-furtada. No interior, grande escadaria de madeira em caracol iluminada por claraboia e numerosos tectos em estuque trabalhado.
Materiais
Granito (cantarias), ferro (gradeamentos), telha marselha, azulejos, estuques, madeira (caixilhos, forro aba água-furtada).
Observações
Neste local existia uma casa que foi do José Barreto de Castilho, pai de José Feliciano de Castilho (1766 - 1827), e dos seus descendentes, ainda que a principal casa desta família fosse fronteira, ao lado da igreja. No final do séc. 19 esta casa foi demolida para dar lugar ao edifício construído pelo Conde de São Joaquim, um emigrado que havia enriquecido no Brasil no tempo do Império e que ali obteve o título.