Arquitectura agrícola, popular, vernácula. Moinho de maré, onde é bem visível a austeridade e funcionalidade que caracterizam a arquitectura popular do Alentejo, despojada de qualquer elemento decorativo sobressai a força do volume caiado, rigorosamente pontuado pelos vãos e alicerçado fortemente no sapal com três sólidos contrafortes.
Planta longitudinal, rectangular, simples e regular. Massa simples disposta na horizontal com coberta homogénea em telhado de duas águas. Fachada S. de um só pano rematado superiormente por beirado; ao centro rasga-se pequena janela; inferiormente três contrafortes rampeados, em alvenaria pétrea argamassada; entre eles rasgam-se 2 caboucos, em arco alteado; à direita desenvolve-se o muro da caldeira e à esquerda a comporta, encimada por passadiço de madeira que liga ao outro troço do muro da caldeira. Fachada O. de um só pano rematado superiormente em empena, rasgado por porta a que se acede por passadiço de madeira que transpõe a comporta. Fachada N. cega, rematada superiormente por beirado. Fachada E. de um só pano rematado superiormente por empena, rasgado por porta entaipada, tendo à esquerda um poial. INTERIOR: espaço único, com cobertura em tecto de duas águas com estrutura de madeira e forro de canas, apoiada em asna central; pavimento lageado com fragmentos de mós; pequena janela virada a S. e porta virada a O.; do sistema de moagem subsiste apenas um casal de mós, cujo mecanismo motriz foi desmantelado.
Materiais
Paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas, telhado de telha de canudo assente em estrutura de madeira com forro de canas, pavimento lajeado com fragmentos de mós, porta e caixilharia de madeira.
Observações