Monumento de difícil atribuição cronológica e funcional, obedecendo ao padrão de um interessante universo geralmente e aparentemente associado à rede viária mais remota do território, provável protótipo, a par com a Torre dos Coelheiros (v. PT040705140052), das torres solarengas quinhentistas em torno de Évora, nomeadamente o Solar da Sempre Noiva (v. PT040705020024 e PT040705020085), a Torre das Vidigueiras (v. PT040711040007 e PT040711040048), a Quinta da Amoreira da Torre (v. PT040706040030), a Torre das Águias (v. PT040707010002), a Torre do Carvalhal (v. PT040706050026) e o Solar da Camoeira (v. PT040705 0077), monumentos também eles geralmente associados a importantes itinerários de tráfego viário, cuja leitura estilística e atribuição cronológica não se pode considerar resolvida, pois poderão ser muito mais remotos do que se tem pensado.
Edifício de planta rectangular (10X12 m), centralizada. Três pisos articulados na horizontalidade, com cobertura de telhado com duas águas vertentes para a frontaria e tardoz. Os paramentos exteriores inclinam-se sensivelmente para o interior, definindo um tronco de pirâmide. A fachada principal, orientada a E. disposta em três registos, resulta da articulação horizontal do paramento fronteiro, marcado por dois alinhamentos verticais de três vãos de janelas quadradas, de alvenaria e com profundos enxalços, o da banda S. substituindo a janela do piso térreo por porta igualmente esquadriada, com escadaria de acesso ao primeiro andar, correndo em lanço adjacente ao paramento fronteiro e continuando em outro adjacente ao paramento da fachada S. A fachada S. é rasgada por singela porta esquadriada, sobre o balcão da escadaria exterior. A fachada O. reproduz a disposição da frontaria e a fachada N. é cega. Monumental chaminé de sóbrias linhas direitas remata o edifício.
Materiais
Alvenaria de xisto, silharia granítica
Observações