Arquitectura judicial e arquitectura administrativa, tardo-modernista. Palácio da Justiça de planta em L invertido e de volumetria horizontalizante, evoluindo em três andares, com os alçados e registos marcados por cunhais de granito, apresentando janelas de várias dimensões, com marcações de inspiração modernista, tendo, numa das fachadas, pequeno átrio formado por pilares de granito. Interior distribui-se a partir de um átrio, que acede a escadaria de lanços e a antecâmaras que acompanham a planimetria do conjunto. Enquadra-se numa tipologia muito coerente de edifícios administrativos edificados na região da Beira Alta durante as décadas de 1960 e 1970 que recebem a denominação característica de Palácio da Justiça, habitualmente com escultura de leitura integrada na fachada principal.
Edifício de planta em L invertido e de volumetria horizontalizante, apresentando todos os corpos cobertos por telhado unificado de quatro águas assente sobre cornija saliente e cunhais de granito sobre bases lisas. Fachada principal de três panos e dois andares, diferenciados pela volumetria e ritmo das fenestrações marcado por divisores lisos em granito. No primeiro piso, rasgam-se seis janelas de lintel recto emolduradas, enquanto no segundo piso, sobre o eixo, se abrem seis janelas de sacada com guardas em ferro forjado. No pano central, a entrada é mais recuada e forma vestíbulo, apresentando um ritmo de três portas separadas por pilares de granito e patamar de acesso ao interior, subrepujados, no eixo, por três janelões resguardados por barras em ferro forjado. O terceiro pano, reentrante, é cego, inteiramente revestido de granito, à frente do qual está colocada uma escultura de bronze. A fachada lateral S. ergue-se sobre base de granito, tendo dois corpos, o da esquerda mais recuado e cego e o da direita com a marcação de três registos, o primeiro rasgado por três frestas rectangulares, surgindo em cada um dos superiores três janelas de lintéis rectos e molduras lisas. A fachada posterior, voltada a O., forma um L de três andares, o primeiro marcado por várias janelas e duas portas, surgindo, nos dois superiores, várias janelas, algumas triplas, sendo todos os vãos de lintel recto e moldurados com granito. A fachada lateral N. apresenta dois panos, o do ângulo NE. com uma expressão verticalizante, de andar único sobre embasamento, formado por três janelões rectangulares, separados por divisores caiados, todos sob lintel caiado e faixa de granito lisa sob a cornija. O pano do lado NO. continua o ritmo da fachada posterior, com três andares definidos pela marcação dos vãos, uma porta e cinco janelas no primeiro e seis janelas simétricas nos superiores. O espaço INTERIOR distribui-se a partir do átrio que dá acesso à escadaria de lanços, que faz comunicação entre os vários andares, e antecâmaras que acompanham o L invertido da planta, dando passagem aos espaços de uso público e aos serviços das instituições sediadas no imóvel.
Materiais
Granito; cantaria de granito sem revestimento; placas de betão; ferro forjado; escultura fundida em bronze.
Observações