Foi desta forma que, na ocasião, Fernando Vaz, presidente da direção da Liga dos Amigos da Mina de São Domingos, agradeceu à Câmara Municipal de Loures a cedência das instalações, “que tem a grande mais-valia de não termos que pagar renda”, mas também o apoio financeiro para a renovação do espaço.
“As sinergias criadas pelo trabalho voluntário dos diretores, o apoio do Município e da Junta de Freguesia é que permitiram que esta sede tenha agora este aspeto. Um espaço onde os sócios vão gostar de estar”, referiu Fernando Vaz, acrescentando que a partir de agora “temos de trabalhar para reganhar os sócios”.
Paulo Piteira, vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, enalteceu o trabalho que tem sido feito ao longo de décadas, referindo as novas instalações que “vêm dar uma ajuda significativa para que o possam continuar a fazer”.
“Do lado do Município, aquilo que podemos garantir é que continuaremos empenhados em procurar criar condições para ajudar quem trabalha”, e a Liga empenhou-se “na recuperação das instalações, com muito trabalho voluntário dos seus associados, que é uma caraterística que marca todo o movimento associativo” do concelho de Loures.
Paulo Piteira e Carlos Gonçalves, presidente da União das Freguesias de Sacavém e Prior Velho, descerraram a placa na nova sede, localizada na Rua António Ferreira, em Sacavém, que tem uma sala ampla com espaço de convívio, bar, instalações sanitárias e uma sala para direção. As montras retratam a vida mineira e dão a conhecer alguns objetos utilizados.
No interior é possível ver uma exposição de fotografias, que retrata as minas de São Domingos quando ainda estavam em funcionamento e toda a sua envolvência, em contraponto com o atual estado em que se encontra agora este local do concelho de Mértola.
Recorde-se que a Liga dos Amigos da Mina de São Domingos, fundada em 9 de setembro de 1973, está associada à empresa de extração mineira da Mina de São Domingos, Mason and Barry, que foi, entre 1857 a 1967, a principal entidade empregadora de mão-de-obra no concelho de Mértola. Depois da falência desta empresa, em 1968, chegaram a Sacavém muitas famílias dos desenraizados de São Domingos, naturalmente atraídos pelo facto de, também aqui, existir uma empresa – Fábrica da Loiça de Sacavém – de características similares.
Vindos de uma terra onde o associativismo estava fortemente implantado, era uma necessidade evidente encontrar um lugar de encontro para dar continuidade a esses costumes. E assim nasce, em 1973, este ponto de encontro e de convívio para os seus associados, que tinha como objetivo facilitar a passagem dos tempos livres de forma coletiva e manter e divulgar as tradições e os costumes do Alentejo.
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