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Gala de Homenagem à Mulher

Pela sexta vez, a Assembleia Municipal de Porto de Mós assinalou o Dia Internacional da Mulher, homenageando as mulheres do concelho de Porto de Mós, com uma cerimónia simbólica.

Este ano a homenagem foi dirigida às mulheres professoras, que são mulheres e profissionais da difícil e decisiva profissão de ensinar.

Neste sentido, foram homenageadas 29 mulheres, indicadas pelas dez juntas de freguesia, todas elas professoras, no ativo ou aposentadas, naturais ou a residir no concelho de Porto de Mós.

A cerimónia abriu com a intervenção da Presidente da Assembleia Municipal, Clarisse Louro. Seguiram-se os líderes de bancada e o Presidente da Câmara Municipal, Jorge Vala, terminando as intervenções com a declamação de um poema da autoria de Filipa Louro, recitado pela autora e pela sua filha, Emília Louro.

Seguiu-se a homenagem às mulheres, tendo sido chamadas todas as homenageadas presentes para a entrega de um diploma e de uma lembrança deste dia.

A cerimónia foi animada por Bruno Batista na voz e na guitarra.

 

Lista de Mulheres Homenageadas:

Freguesia de Alqueidão da Serra:

Maria Alice Vieira da Rosa Rato

Maria Augusta Carloto Marques

Maria Serafina Antunes Granja Rosa Vieira

 

Freguesia de Calvaria de Cima:

Judite da Silva Carlos Oliveira Ferreira

Maria da Graça Narciso da Silva Monteiro de Matos

Maria Alina Ferreira Luis

 

Freguesia de Juncal:

Maria Angélica Carvalho Filipe

Maria Henriqueta dos Santos Carreira Cordeiro Esperança

Maria Goreti Fino Domingues

 

Freguesia de Mira de Aire:

Maria Olímpia Caetano Rosa

Rosa Maria Trindade Guita Massano

Solange Ferreira Massano

 

Freguesia de Pedreiras:

Maria Madalena Cordeiro Vale Dionísio

Maria da Graça Santos Feteira Vieira

Noémia Santos Cristino

 

Freguesia de Porto de Mós:

Emília Pereira Guerra

Maria Alice Moreira Gonçalves Moreira da Silva

Gracinda Amado Durão Marques Beato

 

Freguesia de Serro Ventoso:

Maria de Lurdes Cordeiro Neto

Sandra Sofia Durão Martins

Delfina Narciso Cordeiro

 

Freguesia de S. Bento:

Telma Pereira Cordeiro

Estrela Figueiredo

Arminda Tereso dos Santos

 

União das Freguesias de Alcaria e Alvados:

Maria Delfina Ferreira do Rosário

Maria Marques Calado de Albuquerque

 

União das Freguesias de Arrimal e Mendiga:

Almerinda Pacheco

Graciete Ladeira

Aduzinda Correia

 

Para as Professoras

Quando o homem decidiu

Que a educação das crianças

Era assunto de mulher

Certamente não viu

O poder que isso requer.

 

Pelo direito a ensinar,

A exercer uma profissão

Havia um preço a pagar,

Não casar sem autorização.

 

A mulher, coitada,

Não podia ser inteira…

Se queria ser Professora

Melhor, então, que fosse freira!

 

Mas a mulher não se atrapalha

Com as suas diversas funções:

Ama, cuida e trabalha,

Enquanto trauteia canções.

 

A mulher é, por natureza,

A grande Educadora

Porque traz na alma a certeza

Do que a criança é merecedora…

 

Não há maior generosidade

Do que a partilha do saber

Com quem, por vezes, sem vontade

De sonhar ou de crescer…

 

É nesse preciso momento

Que o aluno se torna missão

Não há maior comprometimento

Que tirar um aluno do chão.

 

Quantas vidas não salvaram,

Só com a vossa atenção?

Quantos não inspiraram

A ser uma melhor versão?

 

Para sempre guardo na lembrança

O perfume da sala de aula

O que os meus olhos de criança

Gravaram na minha alma…

 

Os erros eram apagados

Com o tiritar das pulseiras

E eram lábios pintados

Que derrubavam barreiras…

 

E de rosto muito perto

Os olhos postos nos meus,

Enquanto me explicava o certo

E me falava de Deus,

 

Eu fingia estar atenta,

Mas no que mais reparava

Era no aroma a menta

E no quão bem se maquilhava…

 

É esta beleza da mulher

Esta imanente poesia

Que mesmo quem não quer

Se deslumbra e contagia!

 

E é neste encantamento

Que vocês sabem tão bem

Que entra o conhecimento

E a inquietude que ele tem…

 

Não há criança que não queira

Ser Professora quando crescer

É essa a sua maneira

Mais bonita de agradecer…

 

Já falei muito tempo

De tudo o que nos dão…

Mas nem sequer perguntei,

Qual o peso da função?

 

Quanto vos pesam os nossos filhos,

Quando são tristes as suas histórias?

Quanto tempo vos doem

Todas estas memórias?

 

Como lidam com a angústia

De pouco poderem fazer

Quando fora da sala de aula

Não os podem proteger?

 

Queridas Professoras,

 

Por maior que seja o desalento

Que encontrem no caminho

É preciso continuar atento

E nunca perder o carinho…

 

Enquanto houver uma criança

A querer aprender a Ser

Maior é a nossa esperança

De que a ignorância vai perder.

 

Quando se trabalha com pessoas

A moldar as suas almas

Todas as razões são boas

Nem que sejam estas palmas…

 

Obrigada Professoras.

 

Filipa Martins Louro




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