Benguela, Angola, 1962. Vive e trabalha em Lisboa, Portugal.António Bolota começou a expôr em meados dos anos 90, trazendo para o universo artÃstico saberes oriundos da engenharia, área onde radica a sua formação. Um conjunto de conhecimentos técnicos são convocados na criação de esculturas que se confrontam com o espaço para onde são construÃdos ou que se fundem com a própria arquitectura. Os trabalhos de Bolota respondem sempre à especificidade de cada local, relacionam-se com a arquitectura e são resultado de uma operação de manobra das forças que actuam nos corpos, como a gravidade, o peso, a atracção, a tensão ou o equilÃbrio. A escala das obras, a relação com a arquitectura, a relação com o chão, a relação com o corpo do espectador, o rigor do desenho e do acabamento e o recurso a materiais constituem uma gramática que remete para as experiências levadas a cabo no final dos anos 60, inseridas na tradição da escultura moderna.Foi um dos artistas seleccionados para o Prémio EDP Novos Artistas, em 2009, tendo realizado para a exposição uma cunha em aço, gesso e óxido de ferro, numa escala monumental, que foi suspensa a 1 milÃmetro do chão. Outra intervenção marcante foi a primeira exposição na Quadrado Azul, para a qual construiu, sustentado numa viga de ferro a 40 centÃmetros do chão, um muro que obrigava o espectador a confrontar-se com o seu peso se quisesse atravessar o espaço da galeria.
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