O apresenta este ano um programa de debates e performances que propõe, através de diferentes perspetivas e práticas, problematizar processos de ocupação cultural e territorial ao longo dos séculos e também no nosso tempo. A edição de 2019 é motivada pelo simbolismo inerente ao facto de este ano se assinalarem, e de em algumas instâncias se celebrarem, os quinhentos anos da primeira viagem de circum-navegação por Fernão de Magalhães. O incidirá assim sobre modalidades de reflexão contemporânea em torno de sistemas de domÃnio e libertação de povos e também de outros seres do planeta – cuja existência se confronta com a submissão da força humana em múltiplos contextos naturais – e que para os quais se reivindica já um estatuto jurÃdico. É a partir de noções de alteridade, apropriação e extração que o programa do é pensado e construÃdo, e proposto a todos os públicos, este ano, por um grupo alargado de curadores com distintas práticas de investigação e produção cultural. Violência, subjugação, amor e solidariedade são questões que vão marcar um programa que em 2019 nos traz um dos temas mais predominantes e inquietantes do nosso tempo e que está no centro das principais lutas que a humanidade (e Portugal) hoje trava – ou deve travar.
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