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Aqueduto das Àguas Livres

Aqueduto das Àguas Livres

Pelo facto de a construção do Aqueduto das Águas Livres ter sido paga com o dinheiro do povo, D. João V mandou colocar no Arco da Rua das Amoreiras uma placa que dizia em Latim:

No ano de 1748, reinando o piedoso, feliz e magnânimo Rei João V, o Senado e povo de Lisboa, à custa do mesmo povo e com grande satisfação dele, introduziu na cidade as Águas Livres desejadas por espaço de dois séculos, e isto por meio de aturado trabalho de vinte anos a arrasar e perfurar outeiros na extensão de nove mil passos.

Conta também que esta inscrição, actualmente já não existe. E porquê?

Porque anos mais tarde, o Marquês de Pombal a mandou substituir por outra que não dissesse que tinha sido o povo a pagar a obra.

A inscrição que se lê agora no Arco da Rua das Amoreiras diz:

Regulando D. João V, o melhor dos reis, o bem público de Portugal, foram introduzidas na cidade, por aquedutos solidíssimos que hão-de durar eternamente, e que formam um giro de nove mil passos, águas salubérrimas, fazendo-se esta obra com tolerável despesa pública e sincero aplauso de todos.

Mas há ainda outras curiosidades à volta do Aqueduto.
Algumas até delas bastante negras, como aquela que fala do terrível assassino e ladrão Diogo Alves, que aproveitava os caminho sobre os arcos do Aqueduto para cometer toda a espécie de crimes.

Conta-se que Diogo Alves, atacava as vítimas no longo e estreito passeio ao ar livre sobre a Ribeira de Alcântara. Depois de lhes roubar a bolsa as atirava para o vazio. A meio do Verão de 1837 o número de mortos chegava aos 76. Foi apanhado em 1840, condenado à morte e enforcado a 19 de Fevereiro de 1841.

Diz-se também que o ladrão José Teixeira da Silva, o célebre Zé do Telhado, andava pelo Aqueduto a fazer das suas. Apesar de muito corajoso, não tinha muita sorte na vida e acabou por se tornar lendário pelos roubos e dívidas que acumulava.

Dizia-se também que era o «Robin Hood português», porque roubava aos ricos para dar aos pobres.

Foi na época da inauguração do Aqueduto que apareceram algumas das profissões mais típicas da cidade de Lisboa, como as lavadeiras de Caneças e os famosos aguadeiros.

Os aguadeiros eram, na sua maioria, homens de origem galega. Transportavam pelas ruas da cidade barris de água que vendiam a quem passava.



Autoria:

PNMF




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