O ciclone extratropical Danielle estava centrado aproximadamente em 41°N 22°W às 12UTC de hoje, dia 11 de setembro, prevendo-se que se aproxime gradualmente de Portugal continental.
As linhas de instabilidade que lhe estão associadas irão originar precipitação, por vezes forte e acompanhada de trovoada e rajadas fortes de vento, no litoral oeste a partir da noite de domingo para segunda-feira e evoluindo gradualmente para leste. Este cenário de precipitação deverá manter-se ao longo da semana, embora com menores quantidades de precipitação acumulada a partir de dia 14.
O vento será do quadrante sul, soprando temporariamente forte nos dias 12 e 13 na faixa costeira ocidental, com rajadas até 65 km/h, e nas terras altas, com rajadas até 75 km/h.
A agitação marítima irá aumentar com ondas de oeste/sudoeste entre 2,5 e 3,5 metros de altura significativa a partir da tarde de dia 12 até ao fim do dia 13.
Após um período de seca prolongado, este episódio de precipitação forte poderá dar origem a escorrência superficial considerável das águas pluviais em zonas íngremes e em solos queimados, devido à sua lenta infiltração. Adicionalmente, e dependendo da intensidade local da precipitação, poderá ocorrer redução de visibilidade e, em meios urbanos, poderão ocorrer cheias rápidas.
Este comunicado é o último referente a esta situação meteorológica.
Devido à incerteza associada às quantidades de precipitação acumulada e à sua localização recomenda-se o acompanhamento da previsão e avisos meteorológicos para os próximos dias.
Siga as indicações e recomendações das autoridades e ajude a minimizar o impacto do mau tempo.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
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Gelo, neve e formação de lençóis de água;
Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
Danos em estruturas montadas ou suspensas;
Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento forte, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
Possíveis acidentes na orla costeira;
Aumento do desconforto térmico na população, devido às baixas temperaturas e do vento intenso, em especial nas noites de quinta para sexta-feira e de sexta-feira para sábado.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
Evitar a circulação e permanência nas terras altas onde as rajadas de vento esperadas são fortes ou muito fortes;
Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
Nos terrenos confinantes com rios e cursos de água, historicamente sujeitos a cheias e inundações, retirar os animais e os equipamentos agrícolas.
Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
Transporte e colocação das correntes de neve nas viaturas;
Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
Para mais detalhes sobre a previsão meteorológica para os próximos dias consultar:
http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.descritiva/
http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.significativa
Para mais detalhes sobre os avisos meteorológicos emitidos consultar:
http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev-sam/
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NOTA:
A informação que consta nesta página é de carácter meramente informativo, estando sujeita a alterações ou imprevistos de última hora, não dispensando desta forma a consulta dos sites oficiais.