Os filhos únicos são mais propensos a terem excesso de peso, ou mesmo a se tornarem obesos, do que as crianças com irmãos. É a conclusão de um estudo que envolveu 12700 crianças de oito países europeus.
As crianças que crescem sem irmãos apresentam um risco significativamente maior a 50 % de terem excesso de peso ou de serem obesos, do que crianças com irmãos. Esta é a conclusão de um estudo que envolveu 12 mil e 700 crianças, com idade compreendida entre os 2 e os 9 anos, efectuado em oito países europeus (Itália, Estónia, Chipre, Bélgica, Suécia, Hungria, Alemanha e Espanha), e publicado na revista “Nutrition and Diabetes” (Nutr Diab (2012) 2: e35; doi:10.1038/nutd.2012.8).
O estudo foi realizado no âmbito do projecto de investigação europeu de identificação e prevenção de efeitos de saúde e estilo de vida dietéticos em crianças e bebês (IDEFICS - www.idefics.eu), no qual investigadores de várias instituições europeias estudaram a dieta, estilo de vida, a obesidade e seus efeitos na saúde daquele conjunto de crianças.
No estudo, o índice de massa corporal (IMC) das crianças foi associado às respostas de um questionário dirigido aos pais que incluiu questões relacionadas aos hábitos alimentares das crianças, hábitos de ver televisão e quantidade de tempo de em actividades ao ar livre. Os resultados foram normalizados por outros factores influentes tais como o sexo, o peso ao nascimento e o peso dos pais.
“O nosso estudo revela uma relação entre a menor frequência de actividade ao ar livre, agregados familiares com baixos níveis de escolaridade, em que é mais recorrente a existência de televisão nos quartos onde dormem as crianças. Mas, mesmo quando levamos em conta esses fatores para normalizar os resultados, encontramos uma correlação estatisticamente significativa entre o facto de ser filho único e o excesso de peso. Ser filho único parece ser um factor de risco para o excesso de peso, independente de outros factores que se pensavam poder explicar a diferença”, diz Monica Hunsberger, uma investigadora da Academia Sahlgrenska, da Universidade de Gotemburgo, Suécia, que participou no estudo.
Novos estudos estão a ser desenvolvidos para tentar compreender as razões sociais, comportamentais, o contexto familiar, entre outros, que possam explicar melhor a correlação encontrada.
O estudo mostra ainda que a obesidade entre as crianças, em geral, é três vezes mais comum em países do sul, como Itália, Espanha e Chipre, do que na Suécia e em outros países do norte da Europa, continente onde se estima que mais de 22 milhões das crianças têm excesso de peso.
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