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Freguesia de Arcozelo

Freguesia de Arcozelo - Municipio de Vila Nova de Gaia

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S. Miguel de Arcozelo faz parte do Concelho de Vila Nova de Gaia, da Região Pastoral Porto Aro-Sul, da segunda Vigararia de Vila Nova de Gaia, da Diocese e do Distrito do Porto, da Região Militar Norte e dista da sede do Concelho cerca de 10 km. Tem a área de 7, 82 Km2. É limitada, a Norte, pela freguesia de Gulpilhares, a Poente, pelo Oceano Atlântico, a Norte e Leste, pela de Serzedo e a Sul, pela de S. Félix da Marinha.

Segundo as Memórias Paroquiais de 1758, estava situada num vale e monte raso, vendo-se, de algumas partes desta freguesia, a barra do Douro e S. João da Foz, o Mosteiro de Grijó, a serra de Canelas e os montes das freguesias de Perosinho, Serzedo, S. Félix da Marinha e de Santa Maria de Gulpilhares e aldeias de várias freguesias. 

O topónimo Arcozelo, que dá o nome à freguesia, é frequente no Norte do País e tem uma origem arqueotoponímica, isto é, está relacionado com elementos materiais, designadamente, pedras, fortificações, etc. Deriva do termo latino. arcucellu, de arcus, arco. Assim, “Arcocellu” seria um pequeno arco que passaria sobre um pequeno curso de água, tendo surgido, pela primeira vez, em 1050.

Avulta, entre os outros topónimos o actual Enxomil, de origem germânica e antroponímica, com possível origem no século VI (época suévica). Em 1070, aparece como “Ansemir”, derivado do genitivo Ansemiri da villa de Ansemirus, nome de um Abade que vivia, em 973, sucedendo-lhe as versões “Ancsemir” (1113), “Arsemyl” (1365), “Emjumil” (1713) e com a actual designação. (1758).

Sendo hoje uma comunidade moderna, voltada para o progresso e para o futuro, dada a sua magnífica situação geográfica, junto ao mar e banhada por copiosos e abundantes cursos de água, que fazem da sua terra um solo ubérrimo, foi habitada, desde os tempos neolíticos, quando o homem se sedentarizou, se fez agricultor e pastor.

De facto, há referências documentais desse período, sobre estruturas físicas que foram utilizadas pelo homem, nesta região, designadamente, mamoas.

Está documentada, em 1334, a mamoa de Trandeiras como marco desta terra, o mesmo acontecendo, em 1595, em que é referido o Campo da Mamoa. Igualmente, no Tombo de S. Miguel de Arcozelo de 1653, há uma referência à chamada Mama da Fula.

Mais tarde, foi esta zona atravessada por uma estrada romana, vinda junto ao litoral, que passaria por S. Félix da Marinha, no lugar de Brito, e atravessaria Arcozelo.

O documento fundador de Arcozelo, isto é, o mais antigo que se conhece, com origem no Mosteiro de Pedroso, remonta a 1050, refere explicitamente a “villa de Arcuzelo”. Trata-se da descrição de várias herdades, quando reinava D. Fernando, o Grande, sobre as vilas fundadas Além Douro, quase um século antes da existência de Portugal como Estado.

Neste documento, são referidos homens cativos dos mouros. Importa relembrar que se disputava a posse desta região com os mouros o que só veio a concretizar-se, a favor dos cristãos, em 1064.

Segue-se um outro, datado de 1077, que trata de um inventário de todas as herdades e vilas, sitas em diversos lugares.

Arcozelo estava integrado no padroado do Mosteiro de S. Salvador de Grijó, cenóbio simples, igual a tantos outros situados no mesmo território.

Desde o século XIII, a freguesia de Arcozelo aparece designada com o orago S. Miguel. Todavia, nem sempre terá sido essa a sua designação, como nos testemunha o Reitor Manuel Rodrigues de Pinho, subscritor da Memória Paroquial de Arcozelo, em 1758, que afirma o seguinte: “É tradição antiga e sem controvérsia que esta Igreja estava antigamente em um campo que chamam o Pardieiro entre os lugares (…) de Arcozelo e de Mira, perto do mar”.

Naquele tempo, se chamava Santa Maria de Arcozelo, o que eu vi, há mais de dezoito anos, em um prazo antiquíssimo; e pessoas velhas viram naquele campo debaixo da terra vestígios de paredes e de sepulturas e nele se têm achado muitos ladrilhos e ainda se acham de todas as vezes que nele se cava alto.

Naquele tempo, em que a Igreja estava no referido lugar, padeceu esta terra pestilências e esterilidades tais que nesta freguesia ficaram só onze pessoas vivas. Arrumou-se a Igreja por antiga e como a não puderam reedificar deixaram profanar o campo e vinham à missa a uma capelinha de S. Miguel aonde chamavam o Buraco que é onde está hoje esta Igreja Paroquial de S. Miguel de Arcozelo, e fizeram desta capelinha (Igreja) paroquial e de “decurssu temporis” ficou S. Miguel Padroeiro e a esta Igreja alguns lhe chamam a Igreja do Buraco.”

Pertencendo Arcozelo ao Mosteiro de Grijó, natural seria que houvesse vários documentos nos seus cartulários desde o século XII.

Assim, em 1121, foi vendido, por 7 bragais de tecido, a ¼ parte de uma terra situada “in villa dicta Ansemir”. Importa lembrar que, em tempo de recessão económica, mesmo os bens imobiliários poderiam ser pagos em cereal, como foi este caso, por animais ou peças de vestuário.

Repetiram-se, nos anos subsequentes, operações semelhantes relativas a parcelas situadas no mesmo lugar.

Em1135, foi doada ao Mosteiro de de Grijó uma herdade situada na vila de Gulpilhares, nos limites de Arcozelo até Valadares.

Estes bens eram doados com a intenção da obtenção da protecção dos mosteiros, designadamente, uma espécie de seguro espiritual ou uma eventual ajuda material em situações difíceis, nomeadamente, de guerra.

Em 1138, foi doada ao Mosteiro a terça parte dos bens que possuía entre Arcozelo e Valadares, designadamente uma herdade que tinha entre a “villa Arcuzelu et Valadares (…) usque mare Oceanum”.

Em 1148, foi igualmente doada ao Mosteiro, através de testamento, a terça parte de uma herdade que possuíam na “villa de Ansemir” Em 1152, na sequência de um julgamento, foi reconhecida como pertença do “Prepositum Petrum” uma terra situada em Outeiro de Godinho, perto de Gulpilharinhos.

Em 1200, o Bispo do Porto e o Cabido uniram, num só, os casais de Mira. que estavam divididos por prazos de vidas em distintos enfiteutas pagando, anualmente, de foro, 33,5 alqueires de trigo e 7 galinhas, outro tanto de lutuosa e laudémio.

No dia de S. Miguel de Setembro de 1214, foi celebrada, “in Ecclesiam Sancti Michaelis de Arcozello”, uma carta de divisão entre Pedro Galego de Portugal e a sua mulher D. Estefânia e o Prior D. Pedro e o convento de Grijó de dois casais na “villa de Ansemil”, outros dois “in villa de Mira”, outro “in loco qui vocatur valis” (no lugar chamado Vale), outro “in villa de Saa” e dois “in villa de Archozelo”.

Em 1214, Soeiro, Prior do Mosteiro de Grijó, estabeleceu um pacto e concerto do seu convento com o Prior D. Estêvão da Igreja de Arcozelo, a qual lhes dera Pedro Galego, pelo valor de 30 morabitinos. 

Em 1217, Pelágio Pais, irmão de Nuno Soares, um dos padroeiros do Mosteiro de Grijó, e a sua mulher D. Estefânia, fundadores da Igreja, doaram, em testamento, toda a porção que lhe pertencia da “Ecclesie quo vocatur Sacti Michaelis de Arcuselo”, ao Mosteiro de Grijó, cuja doação foi confirmada por vários Papas, ficando assim a integrar o Mosteiro que detinha o padroado desta Igreja. Como era costume na época, tal doação foi feita para remédio das suas almas.

Em 1232, procedeu-se a uma venda e escambo entre o Mosteiro de Grijó e João Soares e sua mulher Urraca Martins, pelos quais o Mosteiro com o seu Prior e Cónegos passaram a ter tudo quanto o dito casal tinha em Perosinho, tendo-lhes dado o Mosteiro, em troca, uma serva e um campo em Sá, “bem demarcado e próximo do mar”.

Em 1237, Rodrigo Nunes vendeu um casal a D. Pedro, Prior do Mosteiro de Grijó, por 600 soldos, em dinheiro, no “cauto de Vila Plana, in loco qui dicitur Barrio”.

No processo de inquirições iniciado por D. Afonso III, em 1288, foi inquirido Domingos Mariz, de “Ansemil”, que respondeu não haver nesta freguesia casa de cavaleiro ou de dona “que se defendesse por honra”. Acrescentou que a aldeia de “Saa” havia sido honra de João Soares, de Gaia, sendo, nesta altura, dois casais do Mosteiro de Grijó e quatro de Santo Tirso que os defendem por honra, do mesmo modo que quando pertenciam a “filhos de algo”, não entrando lá, por essa razão o mordomo do Rei. Declarou desconhecer se tal honra havia sido feita pelo Rei. Concluiu dizendo que, em todo o restante território da freguesia, entrava o mordomo do Rei, já que não havia qualquer outra honra. 

Importa esclarecer que uma honra era uma terra a que era vedada a entrada ao mordomo do Rei, face aos privilégios que essa condição permitia. 

Em 1307, foi dada uma sentença a favor do Mosteiro de Grijó contra o do Salvador da Torre de Além Douro e de Rio Tinto numa demanda que tiveram sobre a aldeia de “Ancemil”, no sítio do Fontão.

Após rigorosa inquirição com a participação de vários homens bons da região, foi lavrada sentença pelo Juiz de Gaia, à porta do Castelo, a favor do Mosteiro de Grijó o qual apresentou elementos decisivos em favor das suas pretensões.

Em 1320, a Igreja de Arcozelo pagava de censória ao Cabido da Sé do Porto uma libra de cera, dois morabitinos velhos de mortuárias, ¾ de trigo, de aveia e de milho-miúdo.

Em 1334, procedeu-se a uma inquirição sobre uma herdade situada no lugar de Mira que se dizia pertencer ao Mosteiro de Grijó.

Em 1351, foi celebrada uma composição entre o Mosteiro de Grijó e Domingos Pais de Freitas, na demanda que tiveram sobre 6 casais sitos na Granja, em Arcozelo, em Vila Nova (da Telha) e Figueira de Mato, com os quais ficou o dito Mosteiro.

Arcozelo aparece referido no Livro das Campainhas (1355) e no Tombo do Prior Afonso Esteves (1356).

A freguesia pertencia, segundo estes dois documentos, ao Mandamento da Marinha, do qual faziam igualmente parte aldeias das freguesias vizinhas. Em Arcozelo, o Mosteiro tinha 8 casais, em Vila Chã da Gândara, uma casa e 2 casais na aldeia de Arcozelo, 4 casais na aldeia de Mira, um lugar e um casal na aldeia de Sá, 4 casais na aldeia de Enxomil, 1 casal na aldeia de Vila Nova da Telha, 1 casal ermo, situação resultante da grande crise demográfica da época, motivada pele peste e o pagamento de jeiras em Serzedo, pois havia lá terras que estavam sob a administração directa do Mosteiro que assim obtinha trabalhadores para as cultivarem enquanto a Igreja de Arcozelo e o padroado do Mosteiro davam de colheita ao Prior do Mosteiro 6 libras.

As rendas eram em moios e quairas de trigo, almudes de vinho, libras, dinheiros, galinhas, capões, carneiros, espáduas, cabritos e cárregas de palha. O recurso às jeiras tinha a ver com a grande escassez de trabalho gratuito nas terras do Mosteiro.

Em 1402, o Cabido da Sé do Porto, celebrou um prazo em três vidas de uns casais em Mira, com a condição dos enfiteutas os lavrarem e “afruitarem”, de os melhorar e não piorar, fazendo as benfeitorias possíveis, com a renda paga em trigo e jeiras de homens. Não os poderiam abandonar, vender, escambar, doar ou dar, sem conhecimento do Cabido e em caso algum a pessoa de condição superior, devendo renunciar ao foro secular, se fosse caso disso, submetendo-se à jurisdição da Igreja do Porto. Havendo quaisquer demandas entre os outorgantes, por causa das rendas ou quaisquer outras razões, deveriam ser tratadas pelo Vigário do Bispado.

Em 1428, o Abade do Convento de Santo Tirso celebrou 1 prazo de 3 vidas dos 3 casais da Marinha, com a renda anual de 10 libras e outro tanto de lutuosa.

Há assinalar, no século XVI, o foral concedido por D. Manuel I, por Carta Régia de 1518, sobre as terras que hoje constituem Gaia, onde se inclui Arcozelo.

Este foral foi dado a Gaia determinando que as rendas e direitos reais que deviam ser arrecadados seriam, em Arcozelo, os seguintes: “João Gonçalves, damsemyl de Gryjóo, Pêro Gonçalves, de Grijó, Pedro Afonso, do Vale, todos com 16 reais, Afonso Pires, do Ribeiro, 9 reais e os moradores da Vila Chã 36 reais”. 

Neste século, foram celebrados, por vários Mosteiros e Cabidos, de novo ou renovados, prazos de vários casais de vários lugares, com pagamento de rendas de trigo, de galinhas, de lutuosas e domínios.

A Mitra do Porto tinha, em 1542, bens móveis e imóveis de natureza vária, estando Arcozelo taxado em 80 libras, meia visitação de 79 reis, com o censo de 80 reis e pagava ao Bispo 20 alqueires de trigo, 20 de cevada e 20 de milho.

Em 1556, procedeu-se à apegação, tombagem, demarcação e medição de todas as terras, propriedades e todas as outras coisas e pertenças que havia na Quinta, Quebrada e Casal do Vale, em Arcozelo, pertencentes ao Cabido de Cedofeita.

Neste século, para além deste Cabido, tinham terras, em Arcozelo, o Cabido da Sé do Porto, os Mosteiros de Santo Tirso, de Grijó e de Santo Agostinho da Serra e as Comendas de Cristo e de Rio Meão. Há, por isso, vários prazos celebrados com estas instituições e enfiteutas da freguesia e de fora dela, relativas a diversas casais.

Neste século e nos subsequentes eram recolhidas contribuições chamadas fintas, na freguesia e noutras de Gaia para obras em ruas da Cidade do Porto e que atingiu, na freguesia, em 1521, o montante de 330 reais.

Também neste século, houve uma grave disputa do Padroado da Igreja entre o Mosteiro de Grijó e a Comenda de Cristo que atingiu contornos insólitos. 
A questão viria a ser dirimida pela Corte e Casa de Suplicação, através de sentença do Rei D. Sebastião, após agravo apresentado por D. Brás, Reitor e Vigário da Igreja de S. Miguel de Arcozelo.
À medida que se sucediam os anos e as renovações de prazos, as terras ficavam mais subdivididas, alterando-se, pouco a pouco, os tipos e quantidades das rendas. 
Assim, logo a partir do início do século XVI, foram emprazadas partes de casais, numa subdivisão progressiva das propriedades, designadamente, de Enxomil, de Sá, de Mira, de Vila Chã da Gândara, dos Barbados, para além do Campo da Marinha, da Ribeira da Galinha, sita “junto das areias do mar”, do Monte dos Margunhos, das Partilhas de Além do Rio, da Mama da Fula, do Monte do Espírito Santo, da Partilha da Mama da Fula e 1 pedaço de um maninho reguengo, começando a aparecer como renda certas quantias em reis, a moeda em uso, na época, trigo, pão meado, centeio, milho, galinhas, feixes de feno e de palha, para além da lutuosa e domínio.

Os documentos começam a caracterizar as diferentes parcelas, descrevendo as casas e seus anexos, como currais eiras, aidos e palheiros, revelando as culturas predominantes, nomeadamente, cereais, matos e pinheiros, desenvolvidas nos campos, cortinhas, leiras, devesas, pinhais e montes maninhos.

Para além dos já citados titulares de terras surge, como proprietário, o Marquês de Abrantes e Morgado de Gaia, com grande número de parcelas que ia emprazando, segundo os costumes da época, desde os finais do século XVI até ao século XIX.

A fonte documental mais relevante para o século XVII reside no Tombo da Comenda de S. Miguel de Arcozelo de 1653, dependente da Ordem de Cristo de Tomar. O referido tombo começa com a apresentação de uma procuração régia em nome de Gonçalo Vaz Coutinho, Comendador desta Comenda de S. Miguel de Arcozelo.

À semelhança de outros senhorios também a Comenda celebrou vários prazos com diferentes enfiteutas, ao longo dos tempos, designadamente, dos passais da Igreja. 

Possuímos também, para este século, elementos documentais sobre os votos de Santiago, também designados popularmente por vodo ou bodo. Este tributo anual era devido à Diocese do Porto e à Mitra da Cidade e consistia geralmente em alguns alqueires ou rasos de cereal e só raros moradores dele estavam isentos.Era um tributo de origem remota e imprecisa, inicialmente, composto por “uma medida de pão e outra de vinho pago pelos cristãos peninsulares à Igreja de Santiago de Compostela, por cada junta de bois com que lavrassem a terra.”

Neste século, a Igreja de Arcozelo pagava de direitos de Censoria à Mitra e ao Bispo 370 reis. Entretanto, o Bispo do Porto, D. Rodrigo da Cunha, revela que a freguesia rendia para a Comenda de Cristo 150$000 anuais. 
Houve outros acontecimentos dignos de menção, ocorridos, neste século, como legados a confrarias, sentenças, questões de águas, doações, dotes e notícias sobre autoridades judiciais e administrativas da freguesia.

Em 1703, a Igreja de Arcozelo pagava de censoria 20 alqueires de trigo, de milho-miúdo, de cevada branca e 359 reis em dinheiro.

No século XVIII, a actividade fundiária, foi-se desenvolvendo, à semelhança do século precedente, com o aumento das subdivisões das terras e o pagamento de rendas, feito também com milho milhão. Foram-se sucedendo as renovações, dando-se também conta de algumas alterações culturais das terras, mantendo-se os senhores das terras já existentes, no século anterior.

As propriedades eram demarcadas por marcos e/ou por valos e combros, divididas por vários quinhoeiros, com várias culturas, designadamente, árvores de fruta e de vinho, canaviais, limoeiros, vimiais, vinho em ramadas, legumes e hortaliças, para além de trigo, milho, aveia e centeio, nas terras lavradias e mato e pinhal, carvalhal, castanhal e amial, nas outras. Entretanto, à beira-mar, algumas terras começaram a aparecer mais areadas, com abandono de culturas, a denunciar o avanço do mar sobre a terra.

A partir do séc. XVIII, verifica-se, em Portugal, de uma forma mais sistemática, a apropriação individual dos baldios. Apesar de haver terrenos destes, cuja fruição se concretizava na exploração agrícola de parcelas periodicamente distribuídas, o baldio era, em regra, o terreno inculto cuja vegetação espontânea se utilizava para pastagem de gado, lenhas, estrumes ou madeira.

Segundo as Memórias Paroquiais de 1758, havia, na freguesia, criação de gado grosso e miúdo, de lã e de caça rasteira, lebres, coelhos, perdizes e rolas. Junto ao mar, pescavam-se robalos, chupas, capões, fanecas, douradas, congros e variedade de marisco. Havia também muito sargaço usado pelos lavradores como estrume. 

À semelhança do que aconteceu, em todo o concelho, este processo também se desenvolveu em Arcozelo nos Montes do Corvo, da Boavista, da Chamissada, de Vila Chã, de Sá, do Espírito Santo, de Enxomil, de Paços, do Vale, das Corgas, dos Lagos e de Margunhos.

Para além da actividade agrícola, havia, em Arcozelo, como em boa parte das freguesias do actual concelho de Vila Nova de Gaia, designadamente, nas suas limítrofes e próximas, vários mestres e oficiais de várias artes, como pedreiros e carpinteiros que fizeram obras de vulto significativo, na Cidade do Porto, seu termo, na região e no resto do País. Havia, em 1758, “pisões de pano grosso e hoje os não tem, mas sim três moinhos e cinco azenhas”.

Continuaram, neste século, as questões entre a Comenda e os Párocos.

Em 1721, o Reitor de Arcozelo, Fernando de Magalhães Coelho contribuiu com 9$600 para a guerra contra os Turcos, correspondendo assim à aflição da Papa Clemente XI, perante as ameaças de invasão dos Estados pontifícios pelos turcos.

Em 1756, fez-se um inventário dos legados que se pagavam à Confraria do Santíssimo Sacramento e peças das Confrarias da freguesia de Arcozelo.

Havia várias Confrarias e Irmandades e a Ordem Terceira de S. Francisco.

Nas Memórias Paroquiais de 1758, é dito que o Pároco era Reitor Colado, com casas de residência e passal a Igreja era de apresentação alternativa de Roma, do Ordinário e do Mosteiro de Grijó. O Reitor tinha quarenta mil reis de côngrua, pagos pelo e rendendo tudo cento e setenta mil reis, Tinha coadjutor, por apresentação anual do Reitor a quem a Comenda pagava anualmente doze mil reis de côngrua. O Reitor anualmente apresenta uma anexa que é a Paroquial Igreja de S. Paio de Oleiros.

Havia no lugar de Vila Nova da Telha dois prazos que pagavam metade dos dízimos a Gulpilhares e metade a Arcozelo. As casas que que faziam as terras que pagavam os dízimos a Arcozelo in solidum pertenciam a esta freguesia.

Foi lavrado, neste século, um novo tombo da freguesia relativo aos bens propriedades pertencentes à Comenda de S. Miguel de Arcozelo que, no essencial, repete o descrito na versão do século XVII.

A Igreja e Comenda de S. Miguel de Arcozelo pagavam anualmente de colheita 120 reis ao Mosteiro de Grijó pelos seus Comendadores ou rendeiros, em reconhecimento do padroado, desconhecendo-se contudo o documento que a tal obrigava, presumindo contudo que tal título deveria estar no arquivo do Mosteiro.

Por outro lado, os Comendadores ou rendeiros davam anualmente, aos fregueses de consoada, 800 reis e no primeiro domingo de Agosto 2 almudes de vinho, agasalho aos visitadores e pagavam o respectivo direito de visitação, a senhoria costumada e 30 alqueires de trigo, 30 de milho miúdo, 20 de cevada, 10 de centeio, anualmente, ao Bispo e ao Cabido 

Em 1758, Arcozelo pertencia ao Concelho de Gaia, termo do Porto e Província da Beira Alta, não tinha correio, servindo-se do correio do Porto. Tinha ouvidor de vintena anual eleito pelo povo, dois almotacés, também eleitos e que serviam em todo o concelho. 

No terramoto de 1755, esta freguesia não padeceu “coisa digna de memória”, tendo-se deslocado apenas uma cruz que estava sobre a capela-mor.

Na freguesia, junto à costa de mar, havia uma casa de facho pertencente à Companhia do Capitão de Pedroso e em S. Félix da Marinha, na praia, havia duas casas de facho pertencentes à Companhia do Capitão desta freguesia.

Cabe aqui introduzir outros elementos, de natureza militar, que nos retratam a realidade socio-económica de Arcozelo, na segunda metade deste século.

A análise da lista de 1785 permite-nos conhecer famílias, com marido e mulher, o que não era normal, as profissões, as idades, os bens e as ausências. Dado tratar-se de um recenseamento com fins militares, eram referidos os defeitos físicos. Havia fogos alargados, onde coabitavam filhos, sobrinhos e casados com pais ou tios. 

No século XIX, as terras eram cada vez mais subdivididas por diferentes subenfiteutas, estavam demarcadas por marcos, valos e combros e nas que eram lavradias cultivavam-se frutos, vinho de ramada e de árvores, frutos, trigo, milho, centeio e aveia, moídos na azenha comum, estando as outras a monte, pinhal, castanho e carvalhal.

Continuaram a celebrar-se as renovações dos prazos, nos moldes anteriores, situação que se foi alterando a partir da Revolução Liberal, tendo começado as remissões de foros. 

Na sequência de um processo tendente à privatização dos baldios, que se começara a desenhar nos inícios do séc. XVIII, em 28 de Agosto de 1869, era publicada uma lei que determinava a desamortização desses terrenos tanto a nível municipal como paroquial, exceptuando, apenas, aqueles que eram indispensáveis ao logradouro comum.

Um documento de 1822 revela o tipo das divisões feitas nos baldios de usufruto comum, com a justificação de que “quase todo plantado de pinheiros e como o terreno era capaz de reduzir a cultura”.

O terreno em questão situado no Monte das Aveias tinha pouco mais de 24 mil metros quadrados, tendo sido dividido por 92 moradores, designados como montadores, dos lugares do Eirado, Vila Chã e Corvo, cabendo a cada um deles uma parcela de 260m2, o que evidencia a dimensão minifundiária da propriedade. Registe-se o facto de haver atestação da idoneidade dos destinatários feita pelo Pároco.

A maior parte dos outros documentos dizia respeito a prazos fatuezins perpétuos, nos lugares da Pedra de Alva, Marcota, Espírito Santo, Arcozelo, Boavista e Aveias.

Outros casos têm a ver com processos de apegação, onde segundo parece, se procurava legalizar situações de facto de divisões já consumadas de maninhos e montados, transformados em leiras para culturas e casas de habitação. Nestes documentos, refere-se a existência de pedreiras e de minas. 

Em 10 de Novembro de 1839, compareceram, na sessão da Junta da Paróquia, vários fregueses de Arcozelo que requereram à Junta a celebração de um prazo de vários terrenos baldios, a mato e alguns lavradios, dos quais a Junta era direita senhoria, e que eles já possuíam. Para tal efeito, solicitavam a apegação e confrontações dos ditos terrenos. A Junta, tendo confirmado a sua posse pelos requerentes, despachou favoravelmente. Seguiram-se outras operações superentendidas pela Junta da Paróquia, enquanto direita senhoria de vários terrenos baldios. 

Dadas as manifestas debilidades financeiras da Junta perante as significativas despesas que estava a ter com a construção do cemitério, como obras na Igreja e noutros locais, e dado o facto de possuir terrenos baldios, na Granja, que nada lhe rendiam e que certamente seriam comprados por bom preço, por estarem junto da estação de caminho de ferro, a Junta deliberou pô-los à venda.

A partir de 1803, há notícias da existência das diferentes Confrarias do Santíssimo Sacramento, Senhor, Almas, S. Miguel, Senhora do Rosário, Santo António, S. Francisco, S. Gonçalo, Santa Ana e S. Sebastião.

Em 1821, o Pároco tinha um coadjutor que recebia 12$000 anuais. A Igreja pertencia à Comenda de Cristo pertencente à Marquesa de Minas. A Mitra, o Cabido do Porto e a Patriarcal recebiam, anualmente, de censoria 126 alqueires de pão meado de dízimos sendo 90 por Arcozelo e 36 por Oleiros.

Toda a qualidade de legumes, cereais, hortas, frutos e madeiras constituíam a matéria dos dízimos desta paróquia. Em 1836, apenas alguns lavradores dizimavam trigo ao molho, enquanto que, no ano de 1833, também se dizimara linho e se pagaram sanjoaneiras.

Em 1832, o Mosteiro de Santo Agostinho da Serra perdeu o privilégio de apresentar o Pároco de Arcozelo, por decreto do Governo Liberal.
Em 19 de Outubro de 1836, foi posta a questão da côngrua do Pároco, na nóvel Junta da Paróquia. Como é sabido, após a plena instauração do regime liberal, após a guerra civil de 1928 a 1834, a Igreja passou a ter alguma tutela do poder civil, nomeadamente, no que dizia respeito às confrarias e aos rendimentos do clero.

Neste século, havia, na freguesia, um julgado de Paz.

Ainda durante as últimas décadas da Monarquia, já funcionava o ensino oficial do nível primário, na freguesia. A freguesia beneficiou do mecenato educativo do Visconde de Arcozelo, Joaquim Teixeira de Castro, que foi distinguido com essa nobilitação por carta de D. Luís I, em 1874, em sua vida. 

A escola existente no lugar do Corvo, sustentada pelo benemérito Visconde de Arcozelo, era frequentada por um avultado número de alunos

A acta da sessão da Junta de 1 de Agosto de 1886 revela uma experiência pedagógica iniciada pelo Abade Cândido Madureira, denominada Alfabeto Natural que, rompendo com as práticas de ensino da leitura e da escrita então em uso, punha as crianças a ler em menos de meio ano.

A dita escola era conhecida, em todo o País, com a designação de Visconde de Arcozelo, a primeira onde fora ensaiada a Cartilha Maternal de João de Deus.

Começou a desenvolver-se, no final deste século, o Teatro do Corvo, com sede própria num edifício de 3 corpos, sito na estrada Porto-Ovar, tendo entrado em decadência, no início do século XX, fechou em 1912. A sua existência foi marcada por altos e baixos, a que não foram alheias as questões politicas da última fase da Monarquia.

A música recebeu também forte incremento com a criação de orquestras e estudantinas que estiveram na origem da Tuna Musical Recreio do Corvo, fundada em 1986, havendo notícias da actividade musical, em tempos anteriores. Em 1893, estava a funcionar a Banda Marcial do Corvo.

Em 1891, estiveram a banhos, na Granja, D. Maria Pia e o Príncipe D. Afonso.

Esta praia teve, durante a 2ª metade deste século, enorme concorrência de banhistas, designadamente, de políticos, tendo aqui sido tomadas importantes decisões para o futuro do País.

O caderno eleitoral das eleições de Deputados das Cortes de 1894 permite-nos conhecer as profissões dos eleitores, as suas idades, o seu estado civil, bem como as suas residências. Convém lembrar que, ao tempo os indivíduos do sexo feminino estavam impedidos de votar.

Constata-se a existência de 100 tanoeiros, 67 pedreiros, 48 lavradores, 41 carpinteiros, 32 trabalhadores, 32 proprietários, 19 trolhas, 13 seareiros, 7 pintores, 5 serradores e igual número de jornaleiros, forneiros e taberneiros, 4 tamanqueiros e, com a mesma quantidade, sapateiros, ferreiros e farmacêuticos, 3 de cada uma das profissões de caleiro, bombeiro e alfaiate, 2 tecelões e o mesmo número de negociantes e de cantoneiros, finalmente, 1 barbeiro, 1 professor oficiais, 1 carniceiro e 1 estudante.

O início do século XX foi vivido em Portugal com significativas convulsões políticas e sociais que prenunciavam uma mudança do regime político, tentada já em 1891, com a revolta do 31 de Janeiro.

Há, na freguesia de Arcozelo, um vasto conjunto de unidades industriais, com grande tradição das actividades de ferraria e de serralharia, vindas já do século XIX.

Ao longo de todo o século, foram criadas sucessivas empresas ligadas à construção civil de maior ou menor dimensão e que tem empregado muitas centenas de trabalhadores e tem realizado inúmeras obras na região e no resto do País.

Como é natural numa zona com as características de Arcozelo, há um vasto número de estabelecimentos de hotelaria, de restauração, de mercearia, nomeadamente alguns supermercados, para além de um variado número de estabelecimentos dedicados à venda de diversos produtos. 

A rede de escolas primárias e de outros graus de ensino foi significativamente alargada e foram criadas escolas de formação de professores.

Há, em Arcozelo, um elevado número de instituições vocacionadas para a cultura, educação desporto, recreio, assistência, deficiência, protecção civil, defesa do património, que têm desenvolvido uma notável acção ao serviço da comunidade. 

Em síntese, consta-se que ao longo da sua história milenar, em Arcozelo, houve senhores das terras, religiosos ou leigos, nem sempre abertos à partilha e à justiça, os homens da terra, possidentes ou servos, cavadores sacrificados do seu pão, dos seus e dos outros, os artífices que foram desabrochando para as artes, como os mestres ferreiros artísticos do Corvo, orgulho desta terra e desta região, os mercadores de bens e de quimeras, os lavradores dos mares, lá para Miramar, Aguda e Granja, arrancando ao mar traiçoeiro o duro alimento, aqui e além, pago com a própria vida e tantos outros, noutras artes e em muitos serviços, na terra natal, na cidade próxima ou na mais distante, ou ainda para além do mar, os desvendadores e comunicadores de saberes, apoiados por mecenas generosos.

E a par de todos estes, os servidores da Fé, alguns deles ligados à da administração local, está a autêntica legião de servidores da causa pública na Junta da Paróquia, depois da Freguesia e ainda da Assembleia de Freguesia e alguns noutras paragens mais alargadas.

Aqui, se esventrou a terra na procura do material para erguer as casas e delimitar as propriedades, aqui se recolheu a areia para dar coesão aos materiais mais duros e aqui, também, se andou na busca de pepitas de ouro, no Rio Fontão, há já muitos séculos.

Por virtude das enormes virtudes de D. Maria Adelaide, a Santinha de Arcozelo, mulher virtuosa, falecida com aura de santidade, foi esta terra transformada, quase há um século, num imenso campo de fé, em romagem permanente, na busca da paz de espírito, da serenidade, da saúde, da alegria.

Situam-se, em Arcozelo, as praias da Granja, de Miramar e da Aguda, consideradas das melhores estações balneares do Norte do País.

Rasgada por muitas e vastas janelas para o mundo, através das rodovias antigas e modernas e das ferrovias de século e meio, está esta terra aberta para o mundo, sem perder a genuinidade e autenticidade, herdadas dos seus maiores.


Conteúdo Brevemente Disponível

Entidades Públicas Nesta Freguesia

Estabelecimentos de Ensino Nesta Freguesia

Forças de Segurança Nesta freguesia

Empresas Nesta Freguesia

Centro Ciência Viva de Vila do Conde

O Centro Ciência Viva de Vila do Conde está situado numa antiga cadeia do início do século XX de arquitetura invulgar. O edifício foi adaptado às novas funções, conservando algumas memórias do passado. Este centro de ciência tem como temas principais a água e o sangue.

INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Morada:
Avenida Bernardino Machado, 96
4480 - 657 Vila do Conde
GPS: 41.3543357849, -8.7340288162
(+351) 252 633 383

Horários:
10h - 13h e das 14h - 18h (terça a sábado)
Aberto aos domingos para grupos superiores a 10 pessoas com marcação prévia
Saber mais sobre Centro Ciência Viva de Vila do Conde

Galeria da Biodiversidade - Centro Ciência Viva

Situada num dos locais mais emblemáticos do Porto – o Jardim Botânico, a Galeria da Biodiversidade constitui-se como o primeiro Centro Ciência Viva dedicado especificamente à biodiversidade.

Um espaço onde a arte se cruza com a biologia e a história natural, estimulando uma panóplia de experiências sensoriais, propositada e cuidadosamente concebidas para celebrar a diversidade da vida, a Galeria da Biodiversidade é o primeiro espaço museológico do mundo criado de raiz segundo a filosofia da museologia total.

Neste local, os visitantes poderão encontrar um conjunto exemplar de 49 módulos expositivos e instalações, muitos dos quais desenvolvidos ou adaptados especificamente para a sua exposição permanente, que se organizam em 15 temas principais através dos quais se abordam os mais variados aspectos da diversidade biológica e cultural que hoje conhecemos. Com funcionalidades e características sem paralelo a nível mundial, e devidamente enquadradas numa gama extraordinariamente rica e diversificada de recursos museográficos, que vão desde modelos mecânicos até às mais sofisticadas plataformas multimédia e audiovisuais, esta nova e única plataforma cultural convidará os visitantes a embarcar numa viagem através da ciência, literatura e arte, durante a qual serão contadas as mais belas histórias sobre a vida.

INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Morada:
Rua do Campo Alegre, 1191
4150-181 Porto
GPS: 41.1536598206, -8.6425714493
(+351) 220 408 727

Horários:

Galeria da Biodiversidade:
10h00 - 18h00 (terça a domingo)

Jardim Botânico do Porto:
10h00 - 18h00 (todos os dias)
09h00 - 19h00 (Horário de Verão - 1 de Abril a 30 de Setembro)
Encerra apenas nos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro

Saber mais sobre Galeria da Biodiversidade - Centro Ciência Viva

Planetário do Porto - Centro Ciência Viva

O Planetário do Porto foi construído em 1998 com a missão de promover a cultura científica junto da população, bem como proporcionar aos jovens, sobretudo através da astronomia, a motivação para a ciência e a tecnologia e a oportunidade de iniciação à observação e experimentação.

A sua programação, animação e gestão científica são do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto. Tem uma cúpula de 12,5 m de diâmetro. Em 2015 o sistema de projeção foi totalmente renovado, convertendo-se ao digital.

INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Morada:
Rua das Estrelas
4150 - 762 Porto
GPS: 41.1507186890, -8.6406564713
(+351) 226 089 800

Saber mais sobre Planetário do Porto - Centro Ciência Viva

OS CIRCUITOS CIÊNCIA VIVA

Os Centros Ciência Viva integram um programa de turismo do conhecimento - os Circuitos Ciência Viva - que o desafia a explorar 18 destinos em Portugal com o que de mais único pode descobrir. Em família ou com amigos, são mais de 200 as etapas que revelamos contando histórias, explicando factos, fenómenos e despertando para novas perguntas.

Partindo de cada Centro Ciência Viva, estas viagens cruzam museus e monumentos, parques e reservas naturais, grutas e minas, ateliês e oficinas, experiências de aventura e paisagens singulares.

Durante um ano, com um cartão, um guia e uma app, pode visitar gratuitamente os 20 Centros Ciência Viva, as vezes que quiser, e usufruir de vantagens em mais de 200 parceiros de todo o país.

É um presente para a família explorar durante um ano, com o espírito curioso dos viajantes.

Saiba mais aqui sobre os Circuitos Ciência Viva



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